Lisboa – O governo de José Eduardo dos Santos é o único na região que está a ceder as pressões do ditador da Turquia Recep Tayyip Erdoğan para encerrar, o colégio Esperança Internacional, vulgo “Colégio turco de Luanda”. O mesmo pedido foi feito a países como África do Sul e Moçambique que entretanto rejeitaram satisfazer as vontades daquele ditador.
Fonte: Club-k.net
Por suspeitar que a escola pertença a opositores do seu regime
A medida do líder turco faz parte do primeiro decreto assinado desde o estabelecimento do estado de emergência na nação destinado a erradicar os supostos inimigos do Estado que, na opinião do presidente, são os responsáveis pelo fracassado golpe de Estado ocorrido a 15 de Julho, quando uma facção das forças armadas da Turquia usou tanques, aviões e helicópteros para tentar derrubar o presidente do país. O ditador pediu igualmente ao regime angolano a expulsão de uma quinzena de famílias turcas suspeitas de serem parentes dos alegados golpistas.
O Colégio Turco de Luanda é propriedade da organização do clérigo Fethullah Gülen, 75 , um activista turco exilado nos Estados Unidos e que o Presidente do seu país acredita que tenha sido ele que financiou o fracassado golpe.
Fethullah Gülen é considerado fundador e inspirador do movimento cívico-social, que hoje se espalha por todo o mundo, conhecido como Hizmet (Serviço), ou Movimento Gülen, que se compromete com a educação, diálogo, paz, justiça e harmonia social. Ele nega qualquer envolvimento na tentativa deste golpe de Estado em que pelo menos 246 pessoas foram mortas.
Em retaliação ao mesmo, o Presidente Turco decidiu encerrar as suas escolas espalhadas pelo mundo. Em África, os governos de Moçambique e da África do Sul rejeitaram prejudicar o ano lectivo dos alunos para agradar o líder Turco. Apenas, o Presidente José Eduardo dos Santos q que aceitou o pedido do seu homologo. Porém para convencer os encarregados de educação angolanos, a cerca da medida, o regime do MPLA, invoca questões de legalidade do colégio.
Recentemente o diretor provincial da educação de Luanda, André Soma reuniu-se com os encarregados de educação angolanos tendo transmitido que estava mandatado pela Casa Civil da Presidência para informar aos país angolanos que o governo sob liderança do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) decidiu encerrar aquele estabelecimento escolar.
André Soma, disse por outro lado aos encarregados que o regime estava disponível em ajudar inscrever os alunos angolanos em escolas estatais sob sua jurisdição.
Inconformados com a situação, os encarregados decidiram fazer um abaixo assinado destinado ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos a apelar a sua sensibilidade e espirito nacionalista para não ceder as pressões do ditador turco Recep Tayyip Erdoğan, em encerrar o colégio que acolhe crianças angolanas.
Segundo apurou o Club-K, a direção do colégio Turco de Luanda tinham programado uma excursão que previa levar os alunos á cidade do cabo, na África do Sul, em Dezembro . Há poucos dias, a direção da escola comunicou que o programa foi cancelado.
O Colégio Esperança Internacional, com instalações no bairro Benfica, existe em Angola desde 2010. A estrutura possui 12 salas de aulas, três laboratórios, uma sala de primeiros socorros, quatro gabinetes, um refeitório, uma sala de conferência, entre outros compartimentos, e conta com a colaboração de vários professores nacionais e quatro estrangeiros.
O ensino neste colégio é de alta qualidade satisfazendo os país angolanos que tem os seus filhos. Neste fim de semana, o jornalista e professor universitário Ismael Mateus, recorreu as redes sociais para reconhecer os atributos colégio turco.