Lisboa – Estalou-se no seio do MPLA, com destaque na ala do grupo parlamentar, uma corrente de opinião que agora se mostra diferente quanto a permanência da jurista Suzana Inglês no cargo de Presidente da Comissão Nacional eleitoral. Virgilio Fontes Pereira, em solidariedade ao Presidente José Eduardo dos Santos é pela não saída da senhora.
Fonte: Club-k.net
Saída da Presidente da CNE divide MPLA
A corrente contraria ao qual faz parte o deputado e general, Higino Carneiro, passou a mostrar-se favorável ao desapego do cargo de Suzana Inglês, manifestando a desistência da mesma. Nos desabafos que fazem em fóruns fechados, membros desta corrente defendem que mais que ao apelo da sua retirada, da CNE, deve-se dar garantia de dignidade da retirada de Suzana Inglês. (Entenda-se, uma acomodação que lhe granjeia prestigio)
Num aparente propósito de ajudarem-na com uma saída honrada da chefia da CNE, a corrente do regime fez circular rumores de que Suzana Inglês teria entrado em crise e que, em conseqüência disto fora internada numa unidade hospitalar em Luanda. (A Informação foi inclusive passada pela Radio Nacional de Angola, para dar mais credibilidade, porem causou desconfianças visto que o regime nunca passa noticia sobre as doenças dos seus dirigentes)
A estratégia seria atenuar a onda de contestação contra a mesma, e de seguida anunciar que deixaria o cargo devido a problemas de saúde, e não por efeito da pressão da oposição política.
No seguimento de um gesto de solidariedade que lhe foi prestado por uma outra corrente próxima ao Bureau Político do MPLA, que a “orientou a não sair do cargo”, Suzana Inglês foi, entretanto, interpretada pela corrente “favorável a sua saída honrada” como não tendo cooperado na estratégia da “doença política”. Logo, a seguir, a circulação do rumor, da suposta doença, a jurista foi trabalhar no seu gabinete e este fim de semana último foi vista numa festa de amigos, em Luanda.
Enquanto isso, a UNITA e o PRS, avançaram, esta Quarta-feira, com uma providência cautelar para suspensão da eficácia do acto administrativo de Suzana Inglês da Comissão Nacional Eleitoral. Estes alegam erros ocorridos a margem do concurso publico que determinou a nomeação da mesma.