Benguela -  A nomeação do general Armando da cruz neto em substituição de Dumilde Rangel que governou a província de Benguela durante 14 anos, acompanhada de informações de que o acto administrativo do presidente da república tinha como finalidade devolver aquilo que se chamou de disciplina férrea a todos os níveis sobretudo na gestão do erário público terá caído em saco roto de acordo com informações que circulam nos bastidores do governo provincial e do MPLA.

 

Fonte: Folha8


A presença ainda que de forma encoberta da sua família em grandes negócios de pequenas e médias empresas que com o seu aval abocanham obras sem concurso público, afastando das mesmas áreas empresas de benguelenses, tem estado a causar mau estar no seio da classe empresarial local e de sectores do MPLA, sobretudo aos que se opoem a liderança de Armando da Cruz Neto devido a sua considerada inexperiência ao cargo que exerce, a julgar segundo as fontes do folha 8, pelas sucessivas calinadas que poderão causar embaraços ao ême das eleições que se avizinham.


Num abrir e fechar de olhos foi entregue sob adjudicação directa a empresa denominada Agro-Angola alegadamente pertencente a Esmeralda Neto esposa do governador provincial que conta com a presença de trabalhadores portugueses a reabilitação de todos os jardins da cidade, cujo orçamento as nossas fontes não conseguiram adiantar, mas que rondam os vários milhares de dólares.


A sua entrada no “milionário” negócio de jardinagem, é apontada segundo uma fonte deste semanário que por sua ordem terá expulsado de forma bruta um pequeno empresário ex-oficial das FAPLA que procedia a reabilitação do jardim do  Largo da Peça, sob contrato da administração municipal de Benguela.


Fontes que acompanham atentamente a (des) governação do general ACN afirmaram ao Folha 8 que a não afectação de recursos financeiros no quadro dos investimentos públicos a administração municipal de Benguela para a reabilitação dos jardins foi premeditada para a sua posterior entrega a gestão familiar do Chefe do palácio da Praia Morena.

 

Os negócios de Esmeralda Neto e filhas que se estendem a recolha de lixo, espaços verdes, limpezas de instituições públicas, turismo e hotelaria, vão dominando o pequeno espaço de negócios outrora pertencente a empresários que no passado face a uma política velada muito polémica de Dumilde Rangel que consistia dar oportunidades de negócios aos filhos da “terra” tinha merecido o vivo apoio da sociedade civil.

 

A postura governativa de ACN em favorecer os alegados negócios a sua família para além de ser uma contravenção a actual lei da probidade administrativa, está a ofuscar cada vez a imagem que projectou inicialmente a opinião pública de Benguela sobre a sua luta contra a corrupção e a disciplina na gestão do erário público, avançaram as nossas fontes.

 

Fazendo parte da lista dos mais endinheirados de Angola a julgar pela sua presença como sócio nas empresas milionários do pais que vão desde diamantes, cervejeiras, segurança privada nas Lundas, materiais de construção etc, segundo revelações já tornadas públicas pelo Jornalista Rafael Marques sem nunca terem sido desmentidas, era de se esperar de ACN uma postura mais distante dos negócios de Benguela via investimentos públicos e deixá-los a mercê de uma sã concorrência dos empresários locais que muito necessitam sobretudo os que num passado recente foram o suporte da economia de guerra que devastou o país muitos dos quais hoje descapitalizados.

 

O protagonismo na vida governativa da sua esposa na vida empresarial pela forma de concorrência desleal, junta-se agora rumores segundo as quais tem estado a influenciar ACN na nomeação de titulares de cargos públicos para obtenção de vantagens pessoais.

 

As nomeações recentes do Administrador municipal de Benguela Leopoldo Muhongo e a respectiva vice governadora de Benguela Maria Garcia e administradora municipal da Catumbela Alice Pascoal, são apontadas como tendo feitas sob sua influência, espaços que segundo as nossas fonte estão e vão gravitar parte dos seus negócios e que destes titulares estão moldados apenas para o “sim Chefe”.


*Santos Vilela