Huambo - Quatro residências queimadas e dois feridos, um deles com gravidade, é o resultado dos mais recentes confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA na província angolana do Huambo. Enquanto isso, os dirigentes das duas forças politicas atacam-se verbalmente.


*António Capalandanda
Fonte: VOA


O incidente ocorreu recentemente no município da Caala, comuna Catata, quando apoiantes do maior partido na oposição içaram  a bandeira da UNITA, na aldeia Jimbo.


Os militantes partido no poder não aceitaram a bandeira da oposição, e daí resultou pancadaria, tendo ficado feridos dois membros do MPLA.


Em declarações à Voz da América, o secretário municipal da UNITA na Caala, Filipe Muenho, disse que, em retaliação as autoridades tradicionais mandaram queimar quatro residências na calada da noite, sendo uma na aldeia do Jimbo e as restantes na sede da comuna da Catata.


Já na comuna do Kuima, revelou a fonte, uma casa de um dos seus membros foi saqueada em pleno dia por activistas do MPLA.


O político acusou os dirigentes do partido no poder de instrumentalizarem as autoridades tradicionais para se oporem à implantação da oposição nas suas comunidades.


“Independentemente da queimadura das casas, há intimidações constantes contra os nossos militantes nessa fase de paz e reconciliação nacional” disse o Muelio acrescentado que “ estamos em fase dos preparativos das eleições e quero realçar que a paz e a democracia são dois valores políticos que se exige mutuamente”


Miguel Somaquessenge, primeiro secretário do MPLA na Caala, confirmou apenas a queima de três residências e negou as acusações.


À VOA, disse que a rejeição da fixação de bandeiras resulta dos ressentimentos do passado por parte da população pelas atrocidades cometidas pelo maior partido na oposição durante o conflito armado.


“Querem estender as suas bandeiras à força quando estamos em democracia. Devemos ter em conta o querer da comunidade e não devemos obrigar que as pessoas aceitem a nossa bandeira.”


A organização de defesa dos direitos humanos Human Rigths  Watch acusara os lideres do MPLA de nalguns casos  usarem  tais ressentimentos para impedir inserção da UNITA em comunidades rurais.