Lisboa -  Responsáveis políticos angolanos veem as eleições previstas para Set.2012 com certeza de que o MPLA ganhará categoricamente as eleições (a mesma lista elege o PR, no caso José Eduardo dos Santos). Mostram também desejo de que o resultado do MPLA seja “mais racional” do que o de 2008 - desacreditado pela seu carácter exorbitante, 81,62%, e por não se lhe reconhecer correspondência com especificidades sociológicas e políticas do país.


Fonte: AM


ImageÉ conhecida no MPLA e no seu regime uma sensibilidade de sentido diverso – conveniência de manter o score de 2008, por que o contrário representa um enfraquecimento do partido – mas com expressão limitada. É animada por figuras como Rui Falcão e Ju Martins; de forma mais discreta por Joana Lina e João Melo.


O actual clima de descontentamento social no país, considerado “amplo”, é apontado em análises competentes como uma realidade passível de comprometer uma vitória eleitoral do MPLA sem recurso à fraude; acresce o factor, ainda considerável, da determinação do sentido de voto por critérios de afinidade étnica.


De acordo com ilações de uma análise de intelligence sobre irregularidades cometidas em eleições até agora organizadas pelo regime do MPLA, foram sempre observados 2 requisitos na concepção geral e aplicação das mesmas: Garantir uma atitude benevolente e/ou contemporizadora da comunidade internacional e limitar a uma expressão insignificante os impactos internos de reacções de contestação da oposição.


O regime sempre atribuiu especial importância ao posicionamento da comunidade internacional para levar a cabo as suas políticas e desígnios. Na definição e execução de tais políticas são geralmente calculadas possibilidades de geração de interesses e outras vantagens capazes de redundarem em apoios e simpatias externas.