Foram «oferecidas» grandes quantias em dinheiro, televisões, rádios, álcool e até carros. Mas a missão de observadores também ouviu relatos de pessoas a serem transportados do Congo-Brazzaville para poderem votar.

«Após uma tortuosa jornada, encontrámos uma situação estranha, onde havia tendas, macas, camas e comida ao desbarato para cerca de 1500 pessoas. Cinco pessoas que entrevistámos apresentaram provas de que tudo tinha sido financiado pelo governo», contou Howitt, acrescentando que os eleitores tinham de passar por uma fila de soldados antes de entrarem nas assembleias de voto.

«Vi representantes do partido do poder não só à frente das assembleias, mas junto às mesas onde as pessoas estavam a votar», referiu o observador.

Por outro lado, observadores do grupo regional da região Sul de África afirmaram que as eleições foram «transparentes e credíveis». A Unita acusou o MPLA de intimidar os seus apoiantes e de dominar os meios de comunicação social.

Com mais de dois terços dos votos contados, o MPLA já atingiu os 82%, enquanto a Unita se fica pelos 10,5%.

Fonte: http://diario.iol.pt