Luanda - A eventual saída de Abel Chivukuvuku da UNITA, partido de que foi um dos mais importantes dirigentes, "não vai afetar o partido", disse hoje à Lusa o vice-presidente desta formação, a maior da oposição em Angola.


Fonte: Lusa


"Quando se entra para um partido existe a porta de entrada e a de saída. O partido não amarra ninguém", disse Ernesto Mulato, que falava à Lusa no final da apresentação de uma Declaração Política que assinalou a passagem do 46.º aniversário da criação do partido, que hoje se assinala.

 

Abel Chivukuvuku quebra na quarta-feira de manhã em Luanda um silêncio de meses e deverá apresentar uma nova plataforma política, tendo como horizonte as eleições gerais de setembro próximo em Angola.


Instado a comentar se receava que o aparecimento do novo projeto político de Abel Chivukuvuku poderia afetar o resultado da UNITA nas eleições, Ernesto Mulato respondeu que não.


A título de exemplo recordou as saídas do partido, em 1992, de Miguel Nzau Puna, que era secretário-geral há 20 anos, do cofundador Tony da Costa Fernandes e, mais recentemente, a morte do líder fundador Jonas Savimbi.


Quanto à prolongada ausência do país do líder do partido Isaías Samakuva, Ernesto Mulato justificou-a com a necessidade de observar um "período de repouso" recomendado pelo médico.


Isaías Samakuva encontra-se na África do Sul a descansar e regressa em breve a Angola, acrescentou Ernesto Mulato, que desmentiu especulações sobre o estado de saúde do presidente do partido.