Johanesburgo  - O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, alertou, no passado 14 de Março,  na África do Sul, que a situação em Angola  está  tensa perspectivando  a eventualidade de um  conflito (social) ao qual apela as autoridades angolanas que evitem antes que o país  se deteriore.


Fonte: Club-k.net

Situação em Angola é tensa, alerta líder da UNITA

O líder do maior partido da oposição fazia tais pronunciamentos a margem de um “briefing” feito no  Instituto de Estudos e Segurança da África do Sul  que o convidou para abordar os últimos acontecimentos de violência  levado a cabo  por milícias  governamentais   contra jovens  que realizam manifestação em Angola.


Expressando-se na língua inglesa, Isaías Samakuva  respondeu  as questões que lhe foram colocadas por  especialistas do comitê de riscos e analises desta prestigiada Instituição, respeitante ao ambiente em Angola, tendo o mesmo dito que  não desejava ser pessimista  quanto a  possibilidade de um eventual conflito.


Falou também das anomalias nos preparativos das eleições de 2012 tendo avançando que a fraude não é algo que se faz em um dia (momento do voto), mas sim um processo ao qual considera que  merece ser limpo e transparente.


Sob o titulo  “As  perspectivas da UNITA  sobre a situação política do país”, o referido  Instituto de Estudos e Segurança elaborou um  “assassement”, baseado a o líder do maior partido da oposição. O documento  comenta que respeitante  “ao impasse em torno da controversa reeleição de Inglês Suzana como presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a  UNITA - principal partido da oposição no parlamento - teme um conflito iminente em Angola, a menos que algumas medidas corajosas sejam  tomadas em resposta aos  chamados  processos democráticos”


“A  UNITA tem sido assertiva no  seu clamor por maior reformas  democráticas, a fim de garantir  que as futuras eleições sejam  credíveis e digna. Além de denunciar as irregularidades eleitorais de 2008,  a UNITA propôs  reformas eleitorais que prevêem um órgão independente para realizar eleições angolanas.”, Le-se no documento de avaliação.


“No entanto, o Presidente José Eduardo dos Santos do MPLA foi  infeliz com o artigo 107 da Constituição do país que estabelece que as eleições em Angola devem  ser executada  por um  organismo independente e, portanto, ele tentou contornar o real significado deste artigo, aceitando apenas a sua independência financeira em vez da sua plena independência (política, financeira e administrativa). Desde então, a questão do processo eleitoral em Angola tem sido controversa depois de disputas políticas significantes, a cláusula foi finalmente adotada  como parte da nova lei eleitoral de Dezembro de 2011.”

 
“A UNITA acredita que a cláusula deve prever a independência política, financeira e administrativa da CNE” diz o documento relatando que este  o esta força  oposicionista  “juntou  dois  partidos de oposição parlamentar - PRS e FNLA para  boicotarem uma secção parlamentar   alegando que a nomeação Suzana Inglês viola a  lei eleitoral do país, e que ela  não é um juiza, e é também uma figura de liderança de uma organização de mulheres que é filiada ao MPLA. Para este fim, ela não cumpre nenhum dos requisitos que foram estabelecidos na Constituição e na lei eleitoral do país.”

 

Segundo o documento baseado no briefing com Isaias Samakuva, “o boicote  Parlamentar  fez parte da estratégia da UNITA para  pressionar  o MPLA e, essencialmente, o governo a aderir a um processo eleitoral democrático.” Tendo por outro lado concluído que “o  povo  angolano mostra-se saturado  e com a  situação é tensa,  as pessoas estão a tomar  as ruas, para protestar o processo eleitoral que  está sendo realizado.”

 

O assassement acrescenta  que “Estas manifestações  tem  provocado   pessoas feridas. Além disso, a UNITA tem observado que as manifestações têm sido muito espontânea”


O documento baseado na visão de Isaías  Samakuva, concluiu  ainda que “A  UNITA, vê as manifestações como o último recurso. Portanto, a liderança do partido decidiu seguir o caminho legal para contestar a nomeação Suzana Inglês como  cabeça da  CNE. A UNITA está pronta para finalmente lançar um apelo ao Tribunal Constitucional do país  caso   não conseguirem  ganhar o interdito contra a nomeação de Suzana Inglês. Enquanto isso, a UNITA estabeleceu um prazo além do qual o país pode descer em tumulto, se o partido no poder não responder positivamente.”

 
“O povo angolano  esta  pronto para a mudança e eles estão prontos para agir, pois eles só precisam de uma  liderança nas manifestações. As pessoas estão cansadas de presenciar violações maciças dos seus  direitos, sem qualquer forma de reação do governo contra estas violações. A UNITA pede  o apoio de agentes externos, incluindo SADC, que tem diretrizes para processos eleitorais democráticos, a fim de contribuir para que a situação esteja  sob controle e manter o partido no poder, e o atual governo responsáveis pelas  suas ações”, finalizou o documento.