Lisboa  -  Um grupo  de dez  jovens que ocupam as funções de  coordenadores  do núcleo da  JMPLA na comuna  do Ngola Kiluanje, distrito do Sambizanga abandonaram   as estruturas do partido no poder,  para   abraçar  o novo projecto político de  Abel Chivukuvku, a Convergência Ampla de Salvação nacional (CASA).


Fonte: Club-k.net

Dez 1º Secretários  abandonaram

O grupo de desertores  ao qual figuram nomes como Lutonadio Paulo, Benvindo Kamalando, Oliveira Pedro, Zua Muondo, Casimiro  chefiavam   o braço juvenil do MPLA, nos bairros Pedreira, São Pedra da Barra, Ossos, Encib, Porto Pesqueiro, Nguanha, Val Saroca, Dimuca, Antero e o núcleo da Rua dos Leos Bravos. 


Desde a semana passada, que Chivukuvku lançou o seu apelo, a nação,  está  é a primeira deserção a ter lugar nas estruturas do MPLA, embora haja conhecimento de outras personalidades que optam por não se manifestar publicamente, o seu apoio ao projecto CASA, devido a condição financeira a que se encontram.


O descontentamento  dos membros da JMPLA do município do Sambizanga começou  a ser sentido quando na segunda semana de Setembro de 2011 recusaram se a comparecer   numa actividade  do comitê provincial do MPLA, na cidadela.  A resistência dos mesmos foi por terem se sentido tocados com a detenção de jovens  do municípios que foram presos por participares na manifestação  do dia 3 de Setembro.


Há dados que apontam a uma eventual saída do Primeiro  Secretario da JMPLA no Município do Sambizanga, Orlando Paca, neste caso dissociadas   ao apelo de Chivukuvku mas devido  a incompatibilidade com o primeiro Secretario do Partido, José Eduardo  Reis que move influencia para o seu afastamento. (Orlando é amigo do ex- administrador José Tavares, o principal rival de  Eduardo Reis).


Futuro político dos desertores


Os antigos coordenadores da JMPLA  deverão fazer parte de um grupo de jovens que está prestes a   anunciar a criação da agremiação juvenil da   Convergência Ampla de Salvação Nacional (CASA). 


A agremiação juvenil de Chivukuvuku encontra-se ainda em fase de uma comissão instaladora composta por 10 elementos e  atenderá pelo nome  de Juventude Patriótica de Angola (JPA). O seu actual coordenador  é Aquino Gonguela, oriundo  da JURA. O coordenador adjunto da JPA, é Adolfo Campos, até pouco tempo responsável do Bloco Democrático  no Rangel que terá entrado por intermédio de Alexandre Dias dos Santos “Libertador”, figura que responderá pelas actividades da CASA no distrito do Sambizanga e   Cazenga.


Congresso


A Juventude Patriótica de Angola (JPA) deverá realizar o seu congresso constituído no mês de Abril antecedendo ao conclave da Convergência Ampla de Salvação Nacional (CASA)  marcado para Maio.  É a  margem do congresso da JPA  que os jovens da JMPLA serão publicamente apresentados ao qual farão a declaração de renuncia ao partido no poder.


Enquanto a CASA terá Abel Chivukuvuku como único candidato, a JPA  estará nas mesmas condições. Aquino Gonguela, o actual coordenador deverá concorrer sozinho no congresso. O seu futuro  Secretario Geral adjunto deverá ser uma  figura vinda da sociedade civil.


Aquino Gonguela  que é formando em ciências jurídicas, é conhecido nas lides política  por ter sido o porta-voz  da JURA. Esteve  na  UNITA-Renovada de 1998 até 2002. Depois  da reunificação do Partido foi durante 4 anos  Secretário Nacional para a Informação da JURA, mas acabaria por ser afastado por  “infração disciplinar” por alegadamente ter  encabeçado  um levantamento  contra o então SG, Liberty Chiaka. 


Na véspera do   X congresso da UNITA, apareceu integrando a corrente de Abel Chivukuvuku. Dizia-se na altura que caso Chivukuvuku fosse eleito líder da UNITA, a nova direção do partido  forçaria,    um Congresso extraordinário na  juventude do “Galo Negro” para permitir que  Aquino Gonguela  fosse eleito Secretário-Geral do braço juvenil.