Lisboa  – A Universidade de Belas assinou, segunda-feira, com a Câmara Municipal do Barreiro, distrito de Setúbal (regiãode Lisboa) e a empresa “Coração Tropical, Formação”, um protocolo de cooperação, visando o envio de estudantes angolanos à instituições da Escola Superior de Tecnologia daquela edilidade lusa.
 

Fonte: Angop


Segundo o reitor da Universidade de Belas, Agatângelo Estêvão Zua, o acordo tripartido possibilitará, numa primeira fase, a chegada a Portugal de 300 a 600 jovens estudantes para cursos de licenciatura em áreas de ciências da saúde, engenharia e aeronáuticas, assim como para mestrados em relações internacionais, gestão dos recursos humanos, gestão hospitalar, direito, contabilidade, entre outras.
 

Quanto à inclusão da Câmara Municipal do Barreiro, o reitor da Universidade de Belas justificou pela necessidade de haver “grande participação camarária na inserção social dos estudantes, permitindo-lhes também o acesso aos serviços municipalizados básicos”.
 

O presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, disse desejar que “os estudantes angolanos se integrem socialmente no concelho e se considerem barreirenses”. “Esse seria o nosso maior contributo para o desenvolvimento de Angola”, adiantou.
 
 
O acto foi assistido, entre outras personalidades, pelo embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, em representação do ministro das Relações Exteriores, George Chikoti; e pelo presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD); Manuel Correia, em representação do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
 

No seu pronunciamento, Marcos Barrica destacou a importância e significado do acto nas relações entre Angola e Portugal, adiantando que “temos assistido a um crescendo de dinâmicas entre instituições públicas e privadas dos dois países, na busca do reforço da cooperação”.
 

Realçou a utilidade do protocolo por “incidir na formação do homem angolano, num momento em que o país representa um grande desafio para a sua reabilitação física e psicológica”.
 

“Há uma grande vontade do Executivo angolano na formação do homem angolano, e este desiderato está a ser levado avante”, disse ainda o embaixador Marcos Barrica.
 

Para o presidente do IPAD, o acto “é uma luva naquilo que tem sido o esforço de Portugal na cooperação”, esperando que os estudantes angolanos adquiram capacidades para ajudar Angola a se desenvolver”.