Luanda  - A volta das 13 horas, resolve ligar o rádio, e pensei logo na rádio Ecclésia. Para a minha satisfação, deparei-me com o programa Discurso Direto, onde teve como convidado o Ilustre Deputado e Professor Universitário Dr João Pinto. Foi um programa rasuavel na medida em que o professor foi feliz em alguns aspectos ou se não mesmo em todos, devido a passividade dos Jornalistas que conduziram o programa, falo de Walter Cristovão e Manuel Vieria.
       

Fonte: facebook


O Deputado, soube testar a capacidade dos nossos jornalistas, muitas vezes ou em todas as vezes, não respondendo as questões que foram colocadas, optando por vários rodopios, contando  histórias.


         O Dr João Pinto durante o programa, defendeu muito questões como a tolerância política, respeito pela dignidade da pessoa, quanto a isso esta de parabéns. Mas será que ele no exercício das suas funções como deputado tem sido tolerante politicamente, mesmo quando os seus colegas abandonam o plenário? Será que por uma razão qualquer lembrar que a UNITA, destruiu o país (passando a ideia que lutou sozinha) a isto chama-se tolerância? Não sei...Não sou da UNITA por isso deixarei que eles respondam.


         Tenho notado que alguns políticos quando vão a rádio, quase que nunca conseguem responder ou ir ou fundo  das questões que lhes são colocadas, fogem do assunto, algumas vezes mentem, e até mesmo tornam-se jornalistas, também questionam, ficamos sem saber quem é o jornalista e o entrevistado.
Onde está o problema?


         Ao meu entender, o problema é que existem muitos jornalistas de fato e não de facto. O Manuel Viera e Walter Cristóvão, são grandes jornalistas sem sombra de dúvida. Mas hoje deixaram muito a desejar, não foram capaz de evitar que o Dr João Pinto ludibriasse-os, transformando-os como objecto dos suas reflexões, chegando mesmo a reiteradas vezes aceitarem elogios baratos que tinham um propósito abafar as questões que lhe foram colocadas. Só para dar um exemplo, o Dr várias vezes defendeu que o seguinte " Toda decisão dos tribunais devem ser cumpridas obrigatoriamente" O Dr e os Jornalistas esqueceram-se que ninguém está acima da lei, os actos dos órgãos de Soberania devem subordinar-se a lei, as decisões dos Tribunais tanto podem ser constitucionais, quando respeitam a Constituição e inconstitucionais quando violam, como foi o caso da Dr Suzana Inglês, nenhum cidadão em nenhuma parte do mundo democrático, deve cumprir com as decisões dos Tribunais quando violam e prejudicam a Constituição e a princípio da representatividade democrática.


        Eu penso que já é momento de os jornalistas ou as Direcções das Rádios e TV, começarem a seleccionar os Jornalistas dos programas não só pela formação jornalística, como também por outras especialidades. Explico: O jornalista hoje não deve ter apenas formação em jornalismo, deve ter outra especialidade, como economista, politologo, sociólogo,psicólogo etc., de formas a facilitar o exercício das suas funções. Para um programa como Discurso directo, desvariasse seleccionar o jornalista em função do convidado, se o convidado for um político, seria bom um jornalista formado ou em política ou em cursos auxiliares da Ciência Política, assim sucessivamente, só desta forma poderemos evitar exemplo negativos como o que aconteceu hoje no programa discurso directo.
           

 Por outro lado o Jornalista não pode ter medo nem receio de colocar as questões e, persistir até forem esclarecidas, e não deixar-se embebedar com  falácia dos convidados.Quando o jornalista tem medo de entrevistar e colocar as questões mais importantes para os cidadãos,  permanecer nelas até esclarecidas, aquele jornalista é de fato e não de facto, porque o de facto não deixa instrumentalizar-se.