Lisboa -   Uma  corrente conotada com a linha  conservadora  de  bispos da Igreja Católica de  Angola   é  reprochada por  revelar-se   irresoluta quanto ao tratamento  de  denuncias que chegam ao clero dando  conta de  episódios   sexuais envolvendo padres no exercício das  funções clericais.


Fonte: Club-k.net

Bispos Católicos  irresolutos com o fenômeno

De acordo com uma investigação devidamente apurada,  tais praticas de envolvimento de padres tornou-se ao mesmo tempo  uma constante  em Angola cuja abordagem  é  encobertada pelo  Bispado Católico ou mantida no “secretismo” para não  prejudicar   a reputação milenar  desta congregação cristã.  Quando os Bispos tomam conhecimento destas infrações, optam  pela transferência do sacerdote  pecador para  uma outra área  de pregação,  no lugar da retratação ou levantamento do assunto para abordagem com os visados.


Em 2010, foi discretamente afastado de pregar na Igreja  Católica do Morro Bento, em Luanda, o Padre Luís Konjimbe, por  suposto envolvimento  amoroso com uma jovem. No seguimento da resolução do assunto, o clero propôs ao mesmo, o seu envio  para uma  paróquia nos  Estados Unidos  mas este recusou-se sob alegação de que “não era figura para  exílio”. O sacerdote  encontra-se a viver na residência de retiro dos padres, na travesa  João Seca,  no município da Maianga. O seu estado de abandono é considerado critico  (Cabelo e barba crescida por fazer).


Antes do caso de  Luís Konjimbe, o clero católico  viu-se escandalizado  com um outro caso envolvendo o padre, José Paulo  que terá  tido  um filho e se  engajado na  construção de uma  casa,  em  Viana, para a mãe da criança.  O padre  não estaria a cumprir com as obrigações e a suposta mulher  foi  a uma radio local em Luanda  fazer  chantagens  de que revelaria  que  ambos tinham  uma criança em comum. No seguimento de apurações, o clero descobriu que o sacerdote tivera antes um romance  com uma antiga funcionaria da Radio Eclésia, identificada por Neusa Tavares. Para abafar o caso, o padre foi enviado para o Reino Unido com o intuído de mais tarde,  regressar ao país  para fazer parte dos provincianos.  


No ano de 2011,  os bispos despacharam  pelas mesmas razões,  para  Luanda , um padre que estava colocado no Namibe,  Elias Adriano “Mito”  por ter engravidado três jovens naquela província  (Uma delas teve de ir fazer curitagem na cidade do Lubango). O sacerdote que é natural de Benguela, pregava   na Igreja da Nossa Senhora de Fatima, do bairro Forte Santa Rita, no Namibe e era Presidente da Pastoral Juvenil.  O envolvimento do Padre “Mito”, em casos  de romances  já havia despertado  o clero   quando por ocasião da ordenação do malogrado Bispo do Namibe, Don Mateus Feliciano Tomás. Na altura,  o mesmo fez parte  da  caravana que deslocou-se a província do Huambo, acompanhar o malogrado bispo  e posto la, a roda  da sua viatura  foi sabotada por um elemento que o retaliou  por suspeitar que  ele   tivesse  um caso  amoroso com a sua esposa. O sacerdote   vive agora na  congregação de  padre salatino na capital do país.


Em 2002, um   outro padre do Lubango, Angelino Tchivandja que estava colocado em Malanje como  Reitor do Seminário Menor dos Espiritanos,  teria se envolvido com uma rapariga na sua área de trabalho.  Após os Bispos terem-se  apercebido do sucedido  mandaram-lhe de volta para a sua cidade natal.


Há também casos envolvendo madres. Em 2010,  a Irmã Maria, a época responsável de projectos da Radio Eclésia, abandonou a carreira  para se casar  com um jornalista da RNA, Moura Jorge.  A mesma é irmã, de um padre  argentino  Horácio Caballeros  que esteve em Angola a prestar ajuda a lares das crianças.


Outro caso idêntico, ocorreu  com um sacerdote espanhol, Padre Jesus,  que estava em missão no seminário maior na província de Malanje. O mesmo decidiu sair do sacerdócio e casou com uma madre  de origem mexicana que também estava  naquela província. Ambos deixaram Angola em 2008 e  mudaram-se para algures na americana latina.


Nos últimos anos chegaram  também  ao conhecimento dos  Bispos queixas  nunca remetidas a investigação em que apresentava o padre, Samuel Tumbula como parte de um  “affair” com alunas  do   Instituto de Ciências Religiosas de Angola. Outro nome citado é  o do Padre Apolônio Graciano,  apresentado num  episodio  com  uma conhecida  deputada do MPLA (nome propositadamente ocultado).  De todos estes casos  ao qual o clero tenciona investigar, esta o dossiê  do Padre Norberto Bula, do Namibe que terá tido  dois  filhos  e  subseqüentemente  registrados por um  irmão,  Antônio  Francisco.


Ainda no sul de Angola, há muito que o  clero depara-se  com um rumor  segundo ao  qual o Padre Orlando que é um decano na missão de Jau, terá tido um filho no passado. O sacerdote esta hoje na casa dos oitenta. 


O maior escândalo sexual na historia da Igreja Católica sucedeu-se ao mais alto nível, no pontificado do   Papa Alexandre VI,  que faleceu aos 18 de Agosto de 1503. Este sumo pontifico  foi um paradigma  de corrupção  e pouco dado às virtudes cristãs. A  partir de 1470 ligou-se a Giovanna (Vanozza) Catanei, de quem nasceram seus filhos bastardos; teve ainda por amante Giulia Farnese, mulher de Orsino Orsini. O papa Alexandre  VI  teve pelo menos sete filhos, entre os quais César e Lucrécia Bórgia.