Lubango – Os funcionários dos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) estão há três meses sem receberem os seus ordenados. Segundo os mesmos, as razões são desconhecidas pelo facto de a direcção actual liderada por Daniel Kipaxe estar a optar pelo silêncio.


Fonte: Club-k.net

cfm.jpg - 26.23 KbOs meses dizem respeito a Dezembro, Janeiro e Fevereiro facto que tem estado a influenciar no andamento das obras que se verificam no troço Namibe/Kuando-Kubango situação constatada pelo Ministro de tutela, Augusto da Silva Tomas, na sua última visita de trabalho nestas paragens.


O termino dos trabalhos estão previstos para o mês de Julho e para acelerar o processo, o Presidente do Conselho de Administração do CFM e sua direcção estiveram a radiografar o andamento dos trabalhos do Namibe passando pelo Lubango até as terras também denominadas de fim do mundo.


Os assalariados, para além de estarem há três meses sem verem a cor do dinheiro ainda vivem situação caricatas como a falta de aumentos de categorias e salários, visto que muitos labutam nesta empresa estatal há mais de oito anos e nunca tiveram tal beneplácito. “Eu estou exactamente 10 anos e nunca beneficiei de nenhum aumento, nem beneficiar de uma promoção. Já vi muitos dos meus colegas a reclamarem por esses direitos, de forma organizada, a serem expulsos do emprego”, revelou a fonte deste portal.


O sindicato de trabalhadores naquela instituição existe de forma tímida devido a intimidações que muitos sofreram e outros acabaram por serem postos no meio da rua sem indemnização na era de Júlio Bango Joaquim, actual director nacional.


Na província da Huíla, tal situação tem estado a ganhar nos últimos tempos contornos alarmantes, pois para além do CFM esta o Grande Hotel da Huíla (cujo um dos sócios é o secretário provincial do MPLA) que esta 16 meses sem pagar salários aos seus funcionários. Tal atitude mefistofélica contaminou o Novo Hotel no Lubango (pertencente ao grupo Ducard) que também não paga salários há mais de seis meses e igual período o projecto a “Nossa Terra” do Grupo Macedo sedeado no município da Humpata.