Luanda – O embaixador dos Estados Unidos em Angola, Cristopher McMullen, considerou na última terça-feira, 26, em Luanda ser um erro acusar Angola de ser a motivação para o golpe de estado de 12 de abril na Guiné-Bissau.


Fonte: Lusa

christopher mcmullen.jpg - 9.98 Kb"É falso. Angola tem jogado um papel muito construtivo e apoiamos completamente este papel", disse o diplomata, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoty. Segundo o embaixador norte-americano, durante o encontro de quase uma hora foram abordadas as situações na Guiné-Bissau, no Mali e no Sudão do Sul.


Cristopher McMullen saudou o papel de Angola nos esforços para o restabelecimento da estabilidade nesses três países africanos. "Gostaria de saudar sobretudo o ministro Chicoty pelo papel muito forte, central e muito construtivo que ele teve desde esse período de tensão na Guiné-Bissau e também no Sudão", disse o diplomata.


McMullen acrescentou ainda que os Estados Unidos consideram que "Angola teve um papel central (na estabilidade da Guiné-Bissau)", esperando que possam continuar com o mesmo, "quer seja com a CEDEAO seja com a ONU, seja com outro grupo internacional ou regional".


Relativamente à situação no Sudão do Sul, Cristopher McMullen disse ter sido informado sobre a posição da União Africana naquela questão, salientando que os Estados Unidos estão "completamente de acordo com Angola e a UA". Angola e a UA defendem a necessidade das partes baixarem as tensões para evitar violência, focando as atenções sobre as negociações para encontrar uma solução pacífica. "Também no Mali, estamos de acordo com a posição de Angola e a UA", sublinhou.


O embaixador norte-americano disse ainda que reiterou ao ministro Georges Chicoty o convite da secretária de Estado norte-americana, Hilary Clinton, para uma visita a Washington. "Quando ele tiver tempo, porque temos uma convergência muito forte em assuntos como estes e também sobre assuntos internacionais. Seria ótimo se o ministro pudesse visitar Washington para falar com a secretária de Estado e outros funcionários de alto nível sobre as nossas convergências de interesses", salientou.