Luanda - O gosto pela leitura, através de livros, jornais e outras fontes oficiais de pesquisa científica como é o caso da internet, têm servido para mim, de elemento fundamental no concernente a aquisição de conhecimentos sobre a realidade do mundo em geral e da sociedade em que me encontro particularmente.


Fonte: Club-k.net


Com este intróito, fazendo recurso ao direito de formar, informar e ser formado, como académico, vou de forma imparcial e em obediência aos ditames da razão, tecer algum comentário sobre a notícia veiculada no portal Club-K, aos 22/04/12, sobre o suposto alojamento da secretária do Ministro do Interior, no hotel Epic Sana em Luanda.


Assim, para facilitar a compreensão do leitor, quanto ao assunto em comento, tomo a dianteira com um princípio basilar de Nicolau Maquiavel que diz: “ Os homens em geral, julgam mais pelos olhos que pelas mãos, porque ver é coisa que toca a todos e sentir a poucos, portanto muitos vêem o que parecemos e poucos sentem o que somos”.


Se permitirem que façamos recurso a história, veremos que, o Ministro do Interior, é uma figura que num momento crítico isto é em 2011, pela confiança que mereceu da parte do Chefe de Executivo, ascendeu ao cargo, em consequência do seu patriotismo, dinamismo e visão de longo alcance para fazer face aos inúmeros fenómenos que pululam na corporação, auxiliando desta forma o Estado na prossecução dos seus objectivos, tais como; a garantia da justiça, segurança e bem-estar.


O agravante é que, nós angolanos temos o velho hábito de que a exoneração é sempre vista como humilhação, caça as bruxas e arrogância, mesmo no caso daqueles que apenas se limitam a “giboiar” em gabinetes e usufruir das benesses do Estado, enquanto os subordinados se sacrificam.


O que deixa intrigados alguns fofoqueiros, se deve a dinâmica de rigor e fiscalização imprimida por Sebastião Martins no Comando Geral e no seio do MININT, devido ao crescimento do índice da criminalidade, sobretudo a violenta, na zona urbano e arredores de Luanda, pelo que se vislumbra a depuração dos “nguvulos” e “kotas” que se acham intocáveis e insubstituíveis, apesar de não estarem a altura de pôr cobro a situação.


O trabalho de Sebastião Martins, tem incomodado algumas hostes da corporação sobretudo algumas chefias, pelo facto de pôr ordem no circo, pois a população já clamava por uma polícia mais actuante e organizada. Todavia as acções do Ministro do Interior revelaram-se incómodas, pois trouxeram ao de cima cenas de promiscuidade e ligação de elementos da corporação (Chefes) com a criminalidade organizada, nomeadamente narcotráfico, imigração ilegal, esquadrão da morte, car-jacking, etc.  


Outro hábito indecoroso, tem a ver com a resistência a mudança, sobretudo aquela que nos obriga a abdicar da preguiça, opulência e enveredar pelo empenho pessoal. O resultado imediato é o fomento de campanhas difamatórias contra o(s) titular(es) de cargos que assim agem, por isso não é de surpreender esse golpe baixo de alguns dos nossos compatriotas.


A violação a privacidade tem os seus limites, no entanto a mesma não pode ser usada como forma de “desforra”, em função das reformas que o Ministro do Interior está efectuar no seu pelouro, organizando a área das Finanças, Recursos Humanos e Serviços Prisionais, eliminando esquemas e cartéis, impondo uma gestão racional para dar um basta a vulnerabilidade de actos reiterados de apropriação de verbas que se assistia.


A calúnia é a arma dos inaptos e incapazes que acreditam assim que estão a ganhar pontos ante a opinião pública, ávida de escândalos que envolvem figuras ligadas ao poder e ao jet-set. Se trata de uma cabala orquestrada por efectivos do MININT, CGPN e SME que, verdade seja dita, não perceberam a mudança dos tempos e que é hora de arregaçar as mangas e trabalhar em prol do país. Por esse facto, publicam de forma reiterada e superficial, artigos em semanários e nos portais da internet para destruir a reputação de um homem, que eles mesmo já elogiaram e o consideraram melhor que o cessante.


Estou ciente de que, o Ministério do Interior, é um órgão bastante sensível, cuja resolução dos seus problemas passa por processo gradual que impõe a participação e comparticipação de todos.


O suposto valor avultado de USD 50.000, frisado na notícia em relação aos gastos, é prova clarividente daqueles que no desenvolvimento das suas funções acostumaram-se a trabalhar na desordem. Até porque se fosse verídico, o próprio Chefe do Executivo que o incumbiu a responsabilidade de conduzir os destinos do pelouro, em momento algum permitiria que acontecesse.


Portanto, é necessário que os integrantes da corporação, ao contrário de calúnias e difamações por via de outros meios de comunicação, se sintam parte integrante da transformação gradualista implementada pelo Ministro, para o bem do país.