Lisboa  –  Funcionários  do Porto do Lobito,  tomaram   como uma “afronta”  ao  Ministro  do Transportes, Augusto Tomás,  o procedimento de um dos  administradores daquela empresa,   Lisender Neutel  Dos Reis Borges, em ter se feito ausente,   a quando da   deslocação  recente   a província da Benguela do governante,  no âmbito do ciclo de seminários de “Empresa feliz trabalhadores felizes”. 


Fonte: Club-k.net   

Ignorou ciclo de seminários

Na manha do dia 3 de Maio, Augusto da Silva  Tomás aterrava em Benguela chefiando uma delegação, para uma visita de trabalho de três dias, ao qual faziam parte o vice-ministro dos Transportes, José Kuvingua, e funcionários seniores da instituição.  Tinha  na agenda encontros com os administradores das empresas públicas do seu sector baseadas na província. (O programa iniciaria pelo Porto do Lobito)


Acontece  porém  que no exacto   dia em que o Ministro  chegou a província,   o administrador  executivo do Porto do Lobito, Lisender Reis Borges que era uma das figuras que deveria estar na linha da frente,  decidiu  viajar a Cabo-Verde para festejar as bodas de ouro dos seus pais (Lisender Reis Borges é de origem Caboverdiana e inscrito na ordem dos engenheiros daquele país).


Não obstante a “afronta”  ou “desfeita”  ao  Ministro, o administrador da empresa, segundo os funcionários  conta com outros antecedentes. No momento em que se discute a problemática de  excesso de  mão-de-obra na empresa, Lisender Borges  decidiu contratar um filho seu, para prestar serviços naquela estrutura,  sem prévia consulta do Presidente do Conselho de Administração,  Anapaz de Jesus Neto, precipitando assim  um mau  ambiente  na empresa.


É nesta perspectiva que os funcionários da empresa em Benguela  entendem  que Lisender Reis Borges, na sua qualidade de administrador  deveria estar presente  para tomar nota do que se apreendeu a margem do ciclo de seminários de “Empresa feliz trabalhadores felizes”, para depois transmitir aos quadros ou por em pratica.


Nas redes sócias, onde o assunto foi também comentado, um  elemento identificado por  Beto que se apresenta como  trabalhador  do Porto do Lobito  considerou que  “Esta ausência só pode ser considerada uma afronta à autoridade do camarada Ministro  e um menosprezo por esta iniciativa que tem valor funcional e humano e relevância estratégica para as empresas, precisamente para se acabar com o espírito de arrogância e de prepotência com que muitos gestores ainda se comportam.”


Para este internauta, o seminário “Empresa feliz trabalhadores felizes” é  uma “Iniciativa que  merece apoio por ser uma tentativa de mudança de comportamentos de gestão que têm feito das empresas públicas sorvedouros do dinheiro dos contribuintes, organizações deficitárias e verdadeiros feudos de alguns “barões da guerra” sob cobertura de membros de direcção”.


Por outro lado, Augusto Tomás, o mentor da iniciativa é identificado, círculos do regime que acompanha o seu trabalho   como estando  interessado em melhorar o ambiente no seio das empresas públicas do seu sector, algumas delas ainda passando por momentos financeiros e de funcionamento difíceis devido a problemas de gestão e de relações entre a direcção e trabalhadores.


De acordo com relatos da imprensa em Angola, a   série de seminários dirigidos às empresas do sector,  têm o objectivo de chamar atenção, a todos, sobre a importância de relações humanas saudáveis, na base do respeito e da dignificação do trabalhador nacional para que as empresas consigam realizar o seu potencial e objectivos estratégicos.

  
O  programa, que decorre sob o lema “Governação empresarial com amor ao próximo pela felicidade do trabalhador”, teve a sua abertura oficial a 26 de Abril do ano em curso, em Luanda, pelo Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos e  vai até ao dia 30 do corrente mês abarcar as cidades de Benguela, Lobito, Namibe, Lubango, Cabinda e Soyo.