Lisboa - Angola consta entre os países africanos que participam numa exposição de arte do continente, incluída na "Primeira Quinzena Africana" da Escola Americana de Lisboa (CAISL), para saudar o Dia de África (25 de Maio).


Fonte: Angop


ImageA decorrer entre os dias 14 e 25 de Maio, numa iniciativa e organização da jornalista e socióloga angolana Luzia Moniz, a Quinzena Africana engloba ainda uma conferência sobre literatura africana e uma exposição de trajes e acessórios escolares africanos,
a cargo da estilista angolana Eduarda Camenha.


A conferência será proferida pelo professor catedrático da Universidade de Coimbra e especialista em literatura africana, Pires Laranjeira, e antecede a exposição de arte do G-5 (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), integrando, entre outros, esculturas, máscaras, pinturas, tecelagem e literatura.


A conferência debaterá a relação entre as obras "Nós matámos o cão tinhoso", do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana, e "Os da minha rua", do angolano Ondjaki, que serão estudados na disciplina de português do nono ano, depois de, no corrente ano
lectivo, o romance ?Quem me dera ser onda? (do angolano Manuel Rui) ter sido usado no 12º ano.


Luzia Moniz disse à Angop que a iniciativa visa "mostrar ao mundo que em África há mais vida para lá dos golpes de Estado e da corrupção", sendo o continente "detentor de uma vasta, milenar e plural cultura que deve ser levada às escolas", no caso a CAISL, "pelo facto de ser uma escola multicultural, uma "mini Nações Unidas?", reforçou.


A acção conta com o apoio do Ministério angolano da Cultura e da Câmara de Comércio e Indústria de Angola. Entre os apoiantes em Portugal, destacam-se as embaixadas de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, bem como a Associação Cabo-verdiana e o Escultor Maconde de Moçambique.


Fundada há 56 anos, a CAISL é considerada escola de excelência, com ensino personalizado do pré-primário ao 12º ano e uma comunidade escolar oriunda de todos os continentes, abarcando mais de 30 nacionalidades, entre as quais a angolana.


A referida escola está inserida no sistema de ensino das Nações Unidas, com qual tem parceria e conta com o apoio do Departamento de Estado Americano, tendo como madrinha Hillary Clinton e apoio do presidente Barack Obama, que assina os diplomas dos melhores alunos