Benguela  - Em qualquer parte do mundo, a imprensa e outros segmentos da comunicação, são determinantes no comportamento dos cidadãos, principalmente pelo seu poder de informar, formar e entreter, confinando desta forma a sua função social.


Fonte: Club-k.net


É assim que como benguelense, fiquei bastante surpreendido quando, no dia 07.05.2012, li no «Semanário Angolense» de que à partida existiam três candidatos para substituir o Governador e 1º Secretário do MPLA na província, pelo facto de estar há 82 dias fora das terras de Ombaka por problemas de saúde.


A chamada de título de capa e 3 fotos levou-me a folhear o jornal para me inteirar desta informação/notícia… O meu entendimento foi de que, afinal, dos três (3), Bento Kangamba já estava de fora, porque com o aproximar das eleições gerais o maioritário lhe tem para outra estratégia. Assim, permanece na concorrência o vice-governador, Agostinho Estêvão Felizardo, e o vice-ministro do Interior, Ângelo de Viegas Tavares.


Numa das passagens, a notícia do jornal dizia o seguinte: «Verdade ou mentira, o facto é que, devido ao agravamento do seu estado de saúde, o ainda governador de Benguela havia solicitado, num encontro mantido antes com o Chefe de Estado, a sua exoneração desse cargo, assim como o de primeiro secretário provincial do MPLA como noticiara a seu o tempo Semanário Angolense de boa fonte».

Sinceramente, tanto desejo assim de mandarem o mais velho para o «outro lado»…


Caros Benguelenses,


Tudo isso é por deslealdade motivada pela velha «máxima maquiavélica» segundo a qual os fins justificam os meios, ou seja, não olhar a meios para atingir os fins. Assim sendo, vamos analisar cada um dos dois eventuais concorrentes:


Agostinho Estêvão Felizardo é conhecedor dos meandros da província, trabalhador, de fácil trato, tecnocrata ,mas não trafica influências para substituir o «mais-velho» Armando da Cruz Neto, tão pouco deseja mandar-lhe para o “outro lado”.


Ângelo de Viegas Tavares, esse sim merece atenção, pois não se lhe (re)conhece elevada  competência na coisa da administração, chegou à marginal de Luanda, bafejado de sorte, por intermédio de um seu amigo e nosso conterrâneo, com dotes de tráfico de influência no seio dos camaradas para atingir o cadeirão máximo daquele imponente e importante Ministério, facto protagonizado aquando da saída do Chefe Ngongo, ao ponto do mesmo ter organizado uma festa de arromba, pois o caminho parecia livre para ser o numero 1 do MININT.


Não sei como as coisas andam na marginal, principalmente o relacionamento com o seu Chefe… Faz-me espécie, o facto de nos últimos tempos as suas vindas  constantes à província, onde mantém encontros restritos com eventuais seus apoiantes em vários locais da cidade e na sua gigantesca moradia. Não acredito que seja para”reforçar o pau”. Esta fixação de a todo custo querer apossar-se do palácio de Benguela, vai chamando a atenção de alguns citadinos atentos que, ao investigar a sua identidade, lhe apontam como sendo originário de Cabo Verde.


Por hoje vou terminar com o seguinte recado: Que se desfaçam dos vossos desejos de ver o «Mais Velho» Armando da Cruz Neto fora do palácio. Aliás, ele está bem de saúde e já está a trabalhar. As balas não lhe conseguiram, de igual modo cairão por terra todos os estratagemas de Ângelo Tavares e suas marionetas.