Falando à Rádio Ecclésia, o Soba António Mbazela considerou inaceitável a desorganização verificada no processo eleitoral, onde o Fórum das Autoridades tradicionais foi impedido de participara na observação, alegadamente por falta de registos criminais.

Segundo disse, este procedimento e outros da CNE não só revelam desorganização, como também retiram a credibilidade e transparência do processo eleitoral, uma vez que o fórum que dirige não tem nenhuma situação que o obrigue a ter registo criminal.

O soba Mbazela vai mais longe na caracterização das eleições “nunca vi tanta desorganização, os membros das Assembleias de Voto a treparem gradeamentos como se fossem presos, ou macacos, só para poderem ser credenciados”, lamentou, acrescentando que o credenciamento devia ser feito, quando os membros das assembleias foram seminariados.

António Mbazela disse ainda ter constatado o abandono dos membros das mesas que várias vezes foram vistos a irem comprar bombo com ginguba para comer, quando a CNE tinha previsto fundos, para além de outros apoios recebidos dos Estados Unidos. “Foi uma vergonha”, rematou.

Entretanto os membros das assembleias de voto continuam a reclamar o pagamento dos seus subsídios pela CNE, prometidos no quadro do trabalho feito nos dias de votação.

Nos vários municípios de Luanda os agentes eleitorais que estiveram ao serviço da CNE reúnem-se diariamente para exigir o pagamento dos valores que lhes cabem.

Na Administração municipal do Kazenga a polícia teve de intervir para repelir os protestos dos agentes eleitorais que reclamavam pelos seus direitos, nesta segunda-feira.
 
Fonte: Radio Eclesia