Luanda  - Tudo indica que a manifestação da UNITA está sendo organizada com todos os cuidados e pergaminhos. Há equipas e responsáveis para todas as áreas, desde a logística à animação e desde a segurança à  comunicação e marketing. 


Fonte: Club-k.net

Nhany é o Ponto de Ligação; Zé Pedro , o Porta-Voz

Numa nota enviada ontem ao Comando Provincial da Polícia, Isaías Samakuva, apresentou cumprimentos de cortesia à Elisabeth Ranque Frank, Comandante Provincial da Polícia em Luanda, tendo informado que “no âmbito da cooperação institucional, a UNITA está disponível para prestar todas as informações julgadas necessárias para facilitar o trabalho da Polícia no próximo dia 19”. “Para o efeito”, escreveu Samakuva, “poderá ser contactado o Eng. Vitorino Nhany, Secretário Geral da UNITA, atravês de um dos telefones abaixo indicados”.


O Club-K soube que o Professor de Ciência Política e Secretário para os Assuntos Eleitorais, José Pedro Katchiungo, é o grande comunicador do evento, o elo institucional que liga a UNITA ao grande público interessado em participar.


Mais de 2500 activistas estão directamente envolvidos no trabalho de mobilização do povo nos Bairros de Luanda. Praticamente todos os dirigentes e quadros da UNITA, no país e no estrangeiro, estão apostados em transformar esta manifestação numa festa da paz, da liberdade e da democracia.


Explicando ao público as razões da manifestação, Nhany afirmou: Há muitas razões para os angolanos  manifestarem a sua indignação: o sofrimento, a exclusão, a má qualidade da educação, o desemprego, a corrupção, a falta de água, a falta de luz, as constantes violações da lei pelos órgãos do Estado, etc.

 

Quem estiver desempregado, quem não tem dinheiro para estudar, quem não tem casa para morar, quem não tem água da torneira em casa, quem não tem luz eléctrica, quem sente que não tem futuro nesta terra que é dele, e quer mudar a situação, deve vir à manifestação. Quem acha que o governo só governa para alguns e não governa para todos, e quer mudar a situação, deve vir à manifestação.

 

Quem acha que 32 anos é muito, e quer mudar a situação, deve vir à manifestação. O desmobilizado das FAPLA, do ELNA ou das FALA, que deu tudo o que tinha por Angola, e hoje sente-se abandonado e quer mudar a situação, deve vir à manifestação.


Queremos uma mudança pacífica, através de eleições livres, justas e transparentes. Se as eleições não forem transparentes, então a vida dos que sofrem não vai mudar. Isto aconteceu no passado e já não queremos que volte a acontecer este ano. É esta mensagem que os angolanos querem transmitir à Cidade Alta e ao mundo. Todos os que quiserem juntar a sua voz à esta mensagem de paz e esperança, devem vir à manifestação.