Luanda - Na terça feira dia 17 do corrente mês, foi realizado pelo Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do Comité Central do MPLA, um Fórum Nacional sobre o Resgate dos Valores Cívicos e Morais, o mesmo foi presidido pelo pelo seu secretário geral, Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, escreveu o Club-k citando a Angop.


Fonte: Club-k.net


Me tenho perguntado estes anos todos a propósito desta campanha do MPLA, sobre o “resgate dos valores cívicos e morais”, quem na verdade em angola carece de valores cívicos e morais  e de quem é a a responsabilidade pelo seu défice na nossa sociedae, na verdade a educação do homem parte da família e é complementada pela sociedade ou o meio onde o sujeito é inserido, a escola tem grande responsabilidade, porque a ela cabe organizar, dirigir e controlar o processo da educação do cidadão, pois só a escola tem instrumentos para conceder ao homem uma formação multifacética da sua personalidade.


Porém as influências que o homem recebe ao longo da sua vida (sociedade, mídias,internet) têm grande inflência na sua forma de estar e isso remete-nos de forma inequívoca as respostas variadas sobre quem carece de valores cívicos em angola, ou quem os peerdeu e precisa de regatá-los. Na minha perspectiva, os primeiros que carecem desse valores são claramente os jovens e adolescente.  Mas de quem seria a responsabilidade de educar estes mesmos jovens, não seriam os mais velhos a garantir estes princíos ou valores caso os os haja ou existiram, passassem para os jovens como conhecimento que se transformasse em convicção?


Claro que sim, são os mais velhos sobretudo os da actual elite politica  que passaram a o oferecer a sociedade modelos nunca antes conhecidos em angola, foram os mais velhos que introduziram o fenómeno das “catorzinhas”, como consequência hoje  grande parte das jovens e adolescentes mesmo que tenham um namorado, almejam sempre ter um “tio”, porque sabem que estes garantem saldos, perfumes caros e noutros casos apartamentos e carros.


Outras práticas como a bajulação uma prática frequente conhecida dos actuais políticos, que têm de endeusar o “chefe”, como forma de garantir os privilégios, está a ser transmitida pelos mais velhos, ministros deputados, governadores etc. Estão a passar as novas gerações a idéia de que em Angola a meritocracia nada vale, o mais importante é filiar-se a um “comité de especialidade”, ou levar a pasta do chefe. A bajulação é um valor desprezível


O nepotismo


As nomeações para cargos públicos de relevância é feita com base nesse critério, pela imprensa tomamos conjecimento de que um dos filhos do Presidente da República faz parte da direcção do recém criado fundo petróleo, o canal 2 da TPA, é gerido também por filhos do actual presidente da República.


Corrupcção


Todos os actuais dirigentes angolanos, andam em carros de luxo, têm casarões, muito deles oferecem viagens, apartamentos e carros a namoradas, mas não certamente com o seu dinheiro, mas com dinheiro que é saquedo do erário público, pois não ganham tanto para terem o que têm. É comentárrio generalizado de que em Angola vale a pena roubar, devido a recém nomeação de Manuel Rebelais por parte do presidente da República, de alguém que segundo o trinubal de contas têm de devolver aos cofres do estado cerca de 20 000 000 de dólares segunto notícias tornadas públicas.


Como se vê, se estão a cultivar práticas que certamente os jovens observam e já estão a praticar, lembram-se de um caso recentemente noticiado onde um jovem que assaltou por pretender para fazer o pedido de noivado, os jovens mesmo não trabalhando querem ter boa vida e carros de luxo, logo roubam entre outras práticas o que é errado. A humildade não está a ser incentivada.


È comum os pais dizerem “a minha filha não pode casar com um zé  ninguèm”, ou seja alguém sem grandes possibildades financeiras, querem que as filhas lhes apresentem namorados que são filhos de directores de empresas, ministros etc. Endinheirados, querem saber logo a partida o sobrenome da família onde a sua filha ou filho vai casar.


Os mais velhos são na verdade  os que perderam os valores cívicos e morais, porque só perde quem alguém os teve algum dia, por isso o resgate deve ser a eles dirigido, os jovens carecem mesmo de educação moral e cívica, daí as escolas secundárias estarem a ministrar uma cadeira com esse objectivo e os meios de comunicação social devem ser incansáveis na expansão desses bons princípios, para que o futuro desse país seja diferente daquilo que temos hoje.