Kuito – Depois de Luanda, Benguela, Kwanza Sul e Huambo agora foi a vez da província do Bié. A mais recente formação política denominada Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), liderado por Abel Epalanga Chivukuvuku, ergueu neste sábado (19), na rua Gos-Pinto, na cidade do Kuito, uma sede para o seu secretariado executivo. Desta vez o corte da fita foi feito por Alexandre André Sebastião, um dos quatro vice-presidentes.


Fonte: Club-k.net

Numa cerimónia marcada de ausências das entidades convidadas, Alexandre Sebastião, agradeceu a presenças militantes (mais de 100), vindo de alguns municípios, solicitando um maior dinamismo para a entrada dos novos militantes. “Lanço um apelo aos presentes para trazer cada dez militantes para CASA-CE”, desafiou o dirigente.


Durante o seu discurso de abertura, a nossa fonte disse que vieram, simplesmente, atender os apelos que foram recebendo do Bié a partir de Luanda. “Nós trouxemos um elenco para esta população que tanto clamava pela nossa presença”, justificou, acrescentando que “nós não podíamos presentear de uma outra forma, senão acelerarmos a abertura da CASA-CE aqui no Bié”.


O vice-presidente para os Assuntos Institucionais e Eleitorais da CASA-CE afirmou que a integração da sua formação servirá de tabua de salvação para os bienos. “A nossa CASA vai permitir que cada cidadão exerça, de facto, os seus direitos – nas próximas eleições – de forma livre, sem qualquer coesão psicológica”, assegurou, realçando que “isso só é possível, naturalmente, com a chegada de mais uma formação política que abrange todas as sensibilidades nacionais guiados por uma divisa unir na diversidade”.


Com a inauguração já da sede provincial – com o fito de balancear a aceitação –, a CASA-CE prevê dar a continuidade, nos próximos tempos, da edificação “dos seus pilares” nos municípios. “Estamos agora a criar condições para a nossa implantação nos municípios, uma vez que já temos comissões instaladoras”, salientou, revelando a presença de alguns representantes no acto. Reforçando que “só não vieram dos municípios adjacentes porque nós não propiciamos essas condições. Porque se fossem assim, nós teríamos uma representatividade extraordinária”.


Alexandre André ressaltou ainda dos compromissos afirmados (entre a CASA-CE e os angolanos), salientando que “a nossa organização abrange diversas formações politicas que não nos interessa aqui citar”. Acrescentando que “nós criamos um mosaico político convergido para a salvação de Angola. Naturalmente, nós trouxemos de volta o orgulho de ser angolanos”.


O nosso interlocutor considerou a sua coligação como uma tabua de salvação a população local. “O nosso povo está no alto-mar a naufragar e, de repente, apareceu a CASA-CE neste local para os salvar de afogamento”, brincou, esclarecendo que a disciplina é o elemento principal de todos elementos que aderem a sua formação. “A CASA não afunda, mas sim flutua e cada membro deve pautar disciplinadamente”, rematou.


Vale salientar que durante a sua estadia (de dois dias) no Bié, Alexandre Sebastião reuniu, simplesmente, com o responsável da Evangélica Congregacional de Angola (IECA), António Eurico, e o restante dos encontros agendados, com as outras entidades locais, foram inviabilizados sem quaisquer explicações.


A par isto, depois da inauguração, a fonte que vimos citar palestrou o tema “Consolidação da paz assente na efectiva instauração democrático e de direito”, no hall do INE Marista. O certame contou com a presença dos membros da comissão instaladora da CASA-CE, Faria Roberto Chipalavela, Rosário Kachilingui Kavaleka, Ngueve, Julião Henda Laurindo e Menezes Sahepo, representante da CASA-CE no Huambo.


A CASA–CE, constituída em 3 de Abril último, é uma coligação de partidos e cidadãos independentes, imbuídos do espírito de unidade na diversidade, cujos valores e princípios são a paz, a ética, a democracia, o progresso, a justiça social e solidariedade.