Washington -  Os angolanos estão num processo de aprendizagem da democracia que “vai levar tempo” mas que está avançar, disse o escritor e jornalistas angolano Sousa Jamba na última edição do “Angola Fala Só”.


Fonte: VOA


ImageAngola, disse ele, “ é como um comboio com vagões e dentro desse comboio os vagões podem estar nos vagões da frente e serem forçados a irem para os vagões detrás e é isso que às vezes tem acontecido”.


“Em todo o caso estamos todos no comboio,” disse.


“O continente africano é um comboio que vai para um destino  ligado em termos de governação à transparência, a cultura de prestação de contas e o respeito dos direitos humanos,” acrescentou.


Os ouvintes que dialogaram com Sousa Jamba telefonaram de vários pontos de Angola e as suas perguntas estiveram em grande parte relacionadas com o jornalismo e a liberdade de imprensa em Angola.


Para Sousa jamba o jornalismo em Angola e no mundo está a mudar mas continua a necessitar do mínimo de “integridade intelectual, ser altamente curioso” e ter a capacidade de abordar várias questões.


“Em termos das novas tecnologias vai haver ( em Angola) várias possibilidades,” disse Sousa Jamba que disse que ele pessoalmente nunca se tinha sentido restringido nos comentários que escreve para um jornal angolano.


Houve também perguntas sobre o estado da democracia em Angola e Sousa Jamba opin ou que “tanto o MPLA como a UNITA estão a aprender”.


“Ninguém é mais democrata que o outro,” disse apelando a uma maior “humildade” por parte dos intervenientes na política angolana.


Sousa jamba disse que o futuro da democracia em Angola vai depender da existência de “instituições legítimas” para que possa haver “um mínimo de confiança no sistema”.


Na semana passada no nosso programa o dirigente da UNITA, Alcides Sakala, disse que apesar da saída de Suzana Inglês da CNE (Comissão Nacional Eleitoral), o seu partido continua a exigir transparência no processo eleitoral.