Malanje - Mais de 30 mulheres desempregadas, ganhando a vida a vender alguns produtos nas diversas ruas da cidade de Malanje, manifestaram-se defronte das instalações da emissora local da Rádio Nacional de Angola e do Comando Municipal da Polícia Nacional exigindo o fim das perseguições e violência que dizem estar a ser vítimas.


Fonte: VOA


As revoltadas, conhecidas pelo nome de “zungueiras” manifestaram-se na Sexta-feira exigindo da Administração do Município sede explicações sobre a confiscação, e destruição dos produtos, espancamentos e prisões pelos ficais municipais.


Falando á Voz da América as zungeuiras descreveram vários casos de violência afirmando que a venda de produtos nas ruas è a o seu único meio de poderem ter “o pão de cada dia”.


“O nosso emprego é mesmo a zunga que nos sustenta,” disse uma delas.


“Não trabalhamos nos governo, a zunga é que nos sustenta o que é que nós mais vamos fazer, para nós conseguirmos o pão de cada dia? Assim que estão a fazer não está bom, bater as pessoas, o direito deles é levar negócio ou bater mais as pessoas?”, lamentou.


Durante a manifestação a escassos metros da cancela daquela unidade da capital, algumas mulheres foram detidas por hora e meia.


As zungueiras disseram que uma delas, grávidas, foi violentamente agredida.


Uma das manifestantes afirmou que está a ser ameaçada a morte por um fiscais conhecido apenas por Nelson, solicitando para o efeito ajuda das entidades de direito, evitando pior para a sua família.


A Administração Municipal de Malanje há já algum tempo vê-se aflita com a presença de centenas de vendedores ambulantes pelas ruas desta capital, porquanto desde a inauguração do novo mercado oficial o mesmo continua as moscas, apesar de possuir condições aceitáveis para o exercício da actividade económica com mais higiene e comodidade.