Lubango -  Num passeio propositado visitei uma escola recentemente inaugurada pelo chefe do executivo da Huíla com capacidade de albergar mais de 2 mil alunos, e com um espaço de laser muito vasto e atraente, cujo esforço deve ser reconhecido por todos quantos vivem na cidade do Lubango,  sobretudo aqueles  que têm sentido de facto as dificuldades que o país  vive em geral e a província da Huíla em particular cuja cidade, serviu de primeira paragem para  todos os deslocados de guerra  que provinham dos municípios e províncias vizinhas, nomeadamente Huambo, Kuando Kubango e Kunene, esta última a menos que soframos de amnésia,  terá sofrido na carne a fúria dos Camberras , dos allouetes dos Pumas  e dos famigerados Mirages franceses.


Fonte: Club-k.net


Por via disso a cidade do Lubango tornou-se cosmopolita e bastante desarranjada.  Vista a partir  do Monumento Cristo Rei, fi-lo porque é único que me ajuda a ter uma panorâmica da minha cidade nos seus diversos aspectos, dizia eu que não nada mais  repugnante ver saliências de pequenos aglomerados de casas de construção precária feitas de adobe,  de chapas de zinco ou de outros materiais que verdade seja dita atrapalham o aspecto arquitectónico da cidade “Jardim de Angola” e agora “cidade do conhecimento”, onde o convívio com o lixo e conspurcação  é uma constante.


Com a assinatura dos acordos de paz no Luena entre o governo e a Unita, aconteceu tudo quanto não estava nos planos do governo.  O êxodo rural incrementou  de modo que  muitos dos nossos compatriotas que estavam retidos nas matas por motivo do conflito armado  encontraram uma forma de escapar deste tipo do cativeiro, vindo procurar tranquilidade nas cidades em que uma vez mais um dos  destinos era o Lubango e algumas sedes dos seus municípios com realce para Matala. Entretanto esta situação não podia prolongar-se por mais tempo, pois  o pais está a despontar e tem estado a registar um crescimento económico acentuádo e claro, está a crescer o pais neste aspecto, mas também na mesma proporção cresce a população.


A casa que acolhia uma família de seis pessoas em 1992 já não a suporta porque o filho que tinha 18 anos, hoje também precisa de ter o seu espaço para poder constituir família. Estávamoscada vez mais sem quase nenhum espaço de manobra. Como o mal não vem sozinho agregou-se o fenómeno da “gasosa” na aquisição de terrenos com a entrada em cena de uma administração desastrada em que o lema era “partir e repartir e ficar sempre com a maior parte “ chegando ao cúmulo  de  vender terrenos  que eram reservados para a passagem de águas residuais  e jardins, para além do conhecido caso “jardim do núcleo de apoio a assembleia nacional” mais conhecido por caso Moçambique.


Ninguém sabia exactamente quando é que este filme chegaria ao fim.
Foi necessário levantar um “Moises” para por fim a tanta anarquia, para defender o peixe miúdo dos tubarões que abocanhavam tudo deixando ao povo promessas que nunca haveriam de cumprir, fazendo do MPLA um escudo para defenderem os seus interesses pessoais mesmo que isso viesse  sacrificar as populações mais carentes.


Ao contrário do seu objecto social essas atitudes tem tido respaldo de alguns ministros do Evangelho, que já não entendem o seu papel na sociedade, passando a dar o que é de César a Deus….criticando frontalmente, as iniciativas do executivo provincial viradas para a melhoria do bem estar das populações.


É bom lembrar que as mudanças são difíceis,  mas são necessárias  e isso faz parte da dialéctica 


As demolições de casas ao longo da linha férrea no perímetro de 50 metros tiveram início num  Domingo, 7 de Março de 2010 se a memória não me atraiçoa.


Hoje quem passar por lá terá que ser guiado pelas ruas bem projectadas, com a sua gentes alegre, perspectivando  um futuro melhor.


Quem conheceu Tchavola a dois anos atrás poderá acreditar nas palavras daqueles que acreditam que o homem transforma a natureza. Há um esforço bastante grande por parte da equipa liderada por Isaac dos Anjos na criação de infra-estruturas técnicas e sociais para a gradual mitigação de alguns problemas que afectavam a população da Tchavola.
Aquele povoado hoje conta com furos de captação  do precioso líquido que fornecem água para todos os moradores,  alguns PT ou seja postos de transformação de energia, para além da via que dá acesso àquele bairro ter beneficiado de restauro  estando prevista  para  breve a colocação do asfalto, que não deixa de ser uma mais valias para os seus habitantes  que tanto necessitam


 Em conversa amistosa tida com uma moradora de  40 anos, professora de profissão  daquele povoado dizia que tem sido abordada por muitos moradores da cidade para trespassar o seu terreno por um valor vinte vezes mais em relação ao valor da compra, ao que ela diz o seu lote é inegociável, porque estava muito bem, e sente-se melhor quando nota a procura desenfreada de terrenos naquele arrabalde.


Dino 30 anos um outro morador electricista de profissão navega no mesmo diapasão afirmando que  passou por momentos inesquecíveis aquando do seu desalojamento ao longo da linha férrea, hoje ele tem paz vive tranquilo, consegue planificar o seu futuro e o dos seus filhos.


Ele ainda reconhece que para a reabilitação da Linha Férrea  não seria possível com a presença massiva de habitantes ao longo dela, acrescentando que também será um ganho quando se  concluir a referida reabilitação.


Podem criticar, mas o Engenheiro vai mostrando tudo quanto pode e com os recursos de que dispõe, a bem do povo.


Escrevi, não porque fui pago por isso. Sou leigo nesta área , porém não foi possível conter tudo quanto observava e vivia, por isso quis simplesmente partilhar com os meus amigos internautas .


Do MPLA para além da formação Académica e outros benefícios que daí advêm pelo trabalho que presto como funcionário público a mais de 25 anos  não tenho tido mais nada.


Do nosso governador apenas o conheço pelo seu trabalho e também digamos  pela Televisão e   por outros  meios de Comunicação Social, pois bajuladores não faltarão para me rotular de elemento do SINSE. Sou um cidadão que apenas  acredita  num futuro melhor se todos nos dedicarmos por ele através do trabalho disciplina empenho, privilegiando a  unidade  na diversidade.