Luanda - Os acordos de Bicesse, assinados há 21 anos pelo governo de Angola com a UNITA sob a égide da comunidade internacional representaram um acto de magnanimidade de Jonas Savimbi.


Fonte: Radio Despertar
 

A afirmação é de Raul Danda, líder do grupo parlamentar do Galo Negro que recorda o facto de naquela altura a UNITA  ter o controlo de mais de 70% do território nacional. “Estamos todos recordados que a guerra estava a pender a favor da UNITA . Foi uma atitude patriótica que resultou na paz que mais tarde foi alcançada”, disse.


Para o politico,  a paz que se tem hoje deve ser consolidada. “Há pessoas que ainda não se desmilitarizaram. Por um lado se fala do calar das armas, mas há guerra em Cabinda. Em Cabinda continua a morrer gente. Aqui há agressões praticadas pelas milícias cuja autoria é atribuída ao general Bento Kangamba”.


Danda acha existir um paradoxo na gestão dos destinos de Angola e diz: “ O Presidente tem estado a dar conselhos a outros estadistas (tal é o caso da líbia de Kadafi e da Cote du Ivoir de Laurent Gbabó), para resolverem os seus conflitos através do diálogo, mas por cá não quer negociar a paz com os cabindas”.


O Politico defende, entretanto o fim da guerra em Cabinda. “E altura de pensar-se na paz em Cabinda porque das duas uma. Ou temos a paz em todo e é o que se diz, ou diremos que Cabinda não é Angola”.


A distribuição da riqueza nacional preocupa Raul Danda para quem “as pessoas não tem nada. “Só um grupinho tem tudo enquanto todos não têm nada. A paz tem de ter um reflexo na vida das pessoas”, rematou.