Luanda - O presidente da UNITA, criticou a marcação da data das eleições antes de estarem concluídas tarefas preparatórias fundamentais. O Governo, disse, “colocou a carroça à frente dos bois”.


Fonte: VOA


Dado o pouco tempo até às eleições de Agosto (menos de três meses), o líder da UNITA disse que é preciso tratar já de: adquirir a logística tecnológica, para se poder montar e organizar os centros de escrutínio; preparar os cadernos eleitorais devidamente corrigidos para publicação em Julho; criar condiçoes para os delegados de lista receberem no dia da eleição cópias fieis de todas as actas; e condições para que os resultados provinciais sejam anunciados antes dos resultados nacionais, como manda a lei.

 

Notando que as eleições foram marcadas sem estarem, asseguradas as condições necessárias, Samakuva alerta contra os improvisos, salientando que “a improvisação é inimiga da transparência”.


O presidente da UNITA descreveu as eleições de 31 de Agosto como “uma luta entre a democracia e a ditadura, entre Angola e o MPLA”.


"Para que não haja ditadura, prosseguiu, o governo deve assegurar condições para um acto eleitoral transparente e bem organizado, mas ainda nem sequer financiou a CNE que continua sem dinheiro", afirma Samakuva.

 

O líder da UNITA lembra que no discurso na cimeira da SADCC, na semana passada, José Eduardo dos Santos disse qur o Governo "esta disponível para trabalhar com a CNE na organização da logística eleitoral, mas não se disponibiliza para assegurar a isenção e a transparência da CNE; nem para disponibilizar os dinheiros que a CNE precisa para trabalhar.”


“Em vez de tratar dessas matérias da sua competência”, o Presidente “aparece, sem ser convidado, a disponibilizar-se para apoiar a organização da logística eleitoral.”


Samakuva receia que isso não seja por acaso. E crê que o governo acabará por substituir a CNE em tarefas cruciais da organização das eleições. O presidente da UNITA receia que, tal como em 2008, esteja a ser preparada – em Agosto – uma  fraude eleitoral massiva em Angola