Cabinda - A Universidade, contudo, ajuda-nos a nutrir e a cultivar a faculdade de raciocínio, esta habilidade não apenas de citar factos, mas também de analisá-los e gerar deles ideias produtivas.


Fonte: JA


Admira-me pela forma como o Jornal de Angola tem publicado nos últimos tempos algumas matérias relacionadas com os ex-militares da FLEC, capturados no ano 2011. Mais ainda pela forma pouco ético como estão a expor nomes de intelectuais Cabindas. Indignados estamos também sem saber quem são os seus verdadeiros mentores e qual será o auge desta campanha difamatória? Criar um outro 27 de Maio? Quem já utilizou esta prática no passado recente é provável que venha mais uma vez recorrer da mesma.


Contas feitas o Jornal de Angola terá dois meses à razão de um ex- militar por dia. Está encontrado o vencedor do Prémio Maboque de Jornalismo, o trabalho do Júri está facilitado, com o destaque que estas matérias têm nos órgãos públicos, não me resta dúvidas.


O pecado mortal do Jornal de Angola é o relatar aquilo que julga que os seus governantes gostariam de ouvir. Faz uma analogia pejorativa de algumas figuras Cabindas, com maior destaque o Dr. Raul Danda, dando evidência a vossa flagrante falta de conhecimento da realidade e da história de Cabinda.


Pelo menos aqui neste portal, apraz-me adiantar que há bastante precedentes de mortes de pessoas inocentes.


É um direito vosso, a ocasião é oportuna. Mas o profissionalismo mede-se pela qualidade e não pela quantidade da informação que fornece.


A honestidade na informação é essencial para que ela possa, na verdade, ser tomada na devida conta. E a credibilidade, tal como a virgindade, quando se perde uma vez, nunca mais se recupera. O Jornal de Angola está muito longe dos Angolanos, porque o público tende seleccionar a informação de acordo com os seus interesses, cada vez mais específicos e especializados. Quanto mais se sentir afectados pelas notícias, maior será a capacidade de resposta e de adesão do público ao um determinado meio de comunicação social.


Quiçá, por falta de informações, o articulista tece críticas apenas porque ouviu dizer. Porque não há razões para admitir tais factos que visam somente asfixiar a liberdade de todos os homens que pensam diferente sobre Cabinda.


Afinal de contas, essas insinuações, não cabem na cabeça de ninguém, por mais que se prezem, adorar, idolatrar quem quer que seja, limita-vos o prazer de abusarem e ridicularizarem o bom-nome das pessoas. Acham que assim procedendo estão prestar um serviço a cidadania? Quando a realidade é bem diferente.


A informação é uma condição básica para uma sociedade livre. Quem não duvida não pode conhecer a verdade.

 
Faustino Boris da Costa Capita
Diplomado em Relações Internacionais