Luanda – O presidente da Fundação 27 de Maio, general Silva Mateus, foi nesta segunda-feira, 18, interpelado na rua Liga Africana (adjacente do parque de estacionamento da SISTEC), no distrito das Ingombotas, em Luanda, e posteriormente detido, pelos quatro efectivos pertecentes à Brigada Moto, que se faziam acompanhar de dois agentes – a paisana – da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC).


Fonte: Club-k.net

O facto ocorreu por voltas das 13 horas, quando, estranhamente, o general se encontrava na sede da instituição recebeu um telefonema de um dos membros da Fundação que estava a conduzir a sua viatura de marca Mitshubish foi detido de forma agressiva pelos agentes, exigindo a sua presença no local.  


De acordo com a nossa fonte, após a chegada do também coordenador da União de Tendências do MPLA, no local juntamente com o Presidente do Conselho de Administração, José Fragoso, e outros membros daquela organização, os agentes da DNIC, sem evocar as razões, o convidaram acompanhar-lhes na 1ª Esquadra da Polícia Nacional localizada na ex-Marginal de Luanda.


A nossa fonte avançou que presume-se que seja por causa da questão dos ex-militares das Força Armadas Angolanas (FAA) que uns se encontram há anos sem salários mesmo com recibos que autoriza o pagamento, e outros sem enquadramento na Caixa Social, em que lhe foi solicitado para intervir junto dos órgãos competentes para a resolução pacífica “no quadro dos processos da reconciliação nacional e de paz”.


Durante a sua detenção, sem os agentes apresentarem uma notoficação (conforme manda a lei), os populares e alguns ex-militares presentes – em solidariedade ao general – manifestaram-se contra a atitude da polícia que pretendia optar por metodos impróprios, isso é usar a força contra um oficial superior das FAA. “Apareceram várias pessoas a protestarem contra a polícia”, disse a fonte. 


Importa salientar que está é a segunda vez que o general Silva Mateus é detido, sem qualquer motivo, pelos agentes da polícia nacional por defender cidadãos incapacitados. Primeiramente foi em Fevereiro último quando este, na localidade de Mbondo Chapêu, defendia mais de mil camponeses cujas terras eram “usupardos” pela direcção do projecto  habitacional “Lar Patriota” do general Dinguanza. Até ao momento, o general Silva Mateus continua dentro da 1ª esquadra “e sem especificar o motivo”, segundo a nossa fonte.

Notícia em actualização