Luanda - O que acontece hoje na comunicação social angolana é uma autêntica aberração e um grande desinteresse pelo desenvolvimento das empresas públicas e do bem-estar dos seus profissionais.


Fonte: Club-k.net


A Rádio Nacional de Angola e a Televisão Pública de Angola são dois  órgãos que vão continuar reféns de interesses contrários à sua estabilidade e a prestação de um trabalho de qualidade à Nação. O facto de o MPLA ter garantido há dias aos então PCA’s da RNA e da TPA que continuariam a exercer o seu trabalho, e dias depois os mesmos sem exonerados mostra tão somente que o partido não é tido em conta pelo seu presidente. Ou ainda que José Eduardo dos Santos começa a perder o controlo das instituições e dos homens que o cercam.


O afastamento das administrações da RNA e da TPA demonstram falta de sintonia à nível dos dirigentes do partido no poder, porquanto numa altura como esta, a poucos dias das eleições é pouco inteligente tomarem-se decisões que criam instabilidade em empresas estratégicas, desiludem os quadros que alguns manifestam a sua intenção de não mais votarem no dia 31 de Agosto, já que pensavam votar no MPLA e no seu líder que lhes abandonam num momento em que à nível da TPA os funcionários começavam a sentir os efeitos do trabalho do Conselho de Administração, enquanto a RNA conseguiu um clima de estabilidade e de paz apesar de muitos dos seus quadros se mostrarem desencantados por muitas das suas expectativas não serem satisfeitas em tempo útil.


Na Rádio e na Televisão teme-se um clima de vingança por parte de pessoas que haviam sido “escorraçadas”. Espera-se que para o bem das próprias empresas que “OS REGRESSADOS” sejam elementos capazes de promover a harmonia nas empresas, porque se um dia sentiram o escárnio dos seus colegas é porque enquanto foram responsáveis andaram a manifestar prepotência e falta de cortesia. É claro que existem excepções. É preciso lembrarmos que um dia estamos em cima, outro dia em baixo. Então, nada de pisotearmos quem quer que seja.

Quem disse que as administrações da Rádio e da Televisão foram exoneradas porque no âmbito das eleições precisava-se garantir maior pluralidade?  Os dois órgãos só seguiam e seguem as estratégias do MPLA!


Ao MPLA estão a faltar estrategas, ao presidente do partido está a  faltar capacidade e tempo para pensar a Nação. Hoje, muitos começam a dar conta que já não interessa apoiar José Eduardo dos Santos como cabeça de lista, nem o MPLA porque mesmo em campanha eleitoral os interesses de poucos, a intriga, as desinteligências é que estão a mover os camaradas. Os dirigentes do MPLA são os principais inimigos do MPLA. E isso poderá custar caro quando se fizer conta dos números das eleições de 31 de Agosto.