Brasil - Planejar para alcançar objetivos ou resultados  é fenómeno intrínseco a  qualquer ser humano; é fenómeno que transcende o quotidiano dos mortais comuns para se instalar em qualquer Organização ou Instituição. Instituições e Organizações são como máquinas que ajudam a fazer da vida moderna um mundo em que as facilidades devem existir, não só por exigências, mas também por obrigação moral. Já que o homem civilizado evoluiu  de tal forma que aquelas ( as Organizações e as Instituições) existem para servi-lo.

 

Fonte: Club-k.net
Se existissem  planejadores sérios no Governo angolano talvez a maior dificuldade ao se construir uma  cidade como o Kilamba seria a dos engenheiros e dos  operários que ajudaram a erguer aquele empreendimento. Mas  ao se erguer  o mesmo, como não podia deixar de ser, a maior dificuldade  veio da parvoíce institucionalizada (o próprio Estado), e por cérebros considerados “clarividentes”.

A tolice e os disparates em Angola são sempre dos outros. Esse agir é mais um ato de covardia de quem fez do poder uma carcaça para ocultar suas inépcias, que na condição de um ser normal, sem esse atributo (o poder), não passaria de um ser  a ser descartado pela concorrência que todas as sociedades impõem aos seus cidadãos, quando transparências existem para se alcançar objetivos, quer na vida pública quanto na arena privada.

Só mesmo a bajulação: transformou o lixo em luxo que aí temos.

A inteligência não é só uma virtude humana, que faz com que entre os seres humanos  haja por necessidade e prazer aproximação que nos leve a fazer de nossa existência um fenômeno menos penoso e mais sublime. É, também, um atributo ( um escudo) que nos identifica como seres, diante da natureza e do universo, que em nós existe um dom e propensão para dominar o que há de mais selvagem e desorganizado ao nosso redor.

De tantas as máquinas institucionais, o Estado é por definição  e  excelência uma máquina inteligente – e senão é- deveria sê-lo!  O fracasso de um empreendimento como o Kilamba – um processo de alocação (simples) de moradia  que deveria dar  certo- retrata a existência de um Estado  inútil em que  a sua  maior força  reside na capacidade de se fechar  a si mesmo  e existir  simplesmente  para si.

O fracasso da cidade do Kilamba retrata o nível de “inteligência” do Estado angolano: um Estado Burro, em que sua acção não vai além da proteção de quem mais ele se identifica: o seu Chefe.