JES recebe líderes de formações com assento parlamenrar

Indicado pelo Bureau Político do MPLA, partido que venceu por maioria absoluta as eleições legislativas de cinco de Setembro, o assunto constituiu um dos principais pontos dos encontros que José Eduardo dos Santos manteve com os líderes da UNITA, Isaías Samakuva, do PRS, Eduardo Kuangana, da FNLA, Ngola Kabangu, e da Coligação Nova Democracia, Quintino Moreira.
 
Isaías Samakuva disse aos jornalistas que a UNITA “não tem qualquer posição contrária”, recordando que a constituição concede ao partido vencedor das eleições a indicação do primeiro-ministro.
 
“Aproveitei a ocasião para apresentar ao senhor Presidente da República algumas reflexões sobre o futuro do país”, disse,
descartando a hipótese da sua formação política participar no futuro Governo, caso seja convidada.
 
O líder da UNITA, formação política que obteve 670.363 votos nas eleições legislativas, o que lhe confere 16, dos 220 lugares na Assembleia Nacional, asseverou que, “enquanto partido estará melhor fora do Governo”.
  
Disse que o principal desafio para o futuro “é que os angolanos devem continuar no diálogo institucional (…) para que se cimente o
processo de reconciliação nacional”.
 
Por seu turno, Eduardo Kuangana, muito lacónico, referiu que “não vislumbra nenhum  problema relativamente à indicação de Paulo
Cassoma para primeiro-ministro de Angola”.
 
O PRS terá oito lugares no parlamento, fruto dos 204.746 votos obtidos no escrutínio. “As suas posições e princípios continuarão a ser
os mesmos na Assembleia nacional”, defendeu o político, sem no entanto as mencionar.
 
Relativamente a uma eventual participação no Governo disse que,  “se for convidado, não há problema, recordando que o PRS já fez
parte do último executivo, onde trabalhou para a reconciliação nacional, estabilidade do país e reforço da democracia”.
 
Para a FNLA, a nomeação de Paulo Cassoma “é positiva, é uma aposta que se faz” cujos resultados serão ditados nos próximos
quatro anos, não descartando a possibilidade de conceder o seu apoio ao futuro executivo.
 
Fruto dos 71.416 votos obtidos nas eleições de Setembro passado, a FNLA ocupará três lugares na Assembleia Nacional.
 
A Coligação Nova Democracia, que terá dois lugares no parlamento, (277.141 votos alcançados), irá continuar a trabalhar para o bem da reconstrução nacional e concorda “efectivamente” com a indicação do primeiro-ministro.
 
“Não vemos nenhum inconveniente para a ocupação deste lugar”, disse ainda Quintino Moreira.

Fonte: Angop