Luanda - A UNITA adverte que "não vamos permitir que se realizem eleições não claras" em Angola e exige que as mesmas decorram em "transparência absoluta", disse o seu presidente, Isaías Samakuva. Respondendo aos ouvintes do programa da Voz da América, Angola Fala Só, Samakuva explicou que "nós não vamos permitir mais uma fraude em Angola".


Fonte: VOA

Samakuva diz que o seu partido tudo tem feito para "travar a fraude continuaremos a fazê-lo até ao dia da eleição e vamos pedir ao povo angolano que estejamos todos vigilantes". "O que não devemos permitir é que as eleições se façam num ambiente de fraude", assegurou.

Samakuva alega ainda haver várias questões importantes por esclarecer e que "se essas situações não se normalizarem, naturalmente que nós não vamos permitir ir às eleições assim". "Não não iremos permitir que se realizem eleições não claras. Não é a UNITA que não vai às eleições - não vai haver eleições em situações nebulosas", explicitou o líder do partido do Galo Negro.

Para Isaías Samakuva "essas eleições são mesmo necessárias" porque são "a única forma de mudar a situação que se vive no país, mas essa mudança só é possível se as eleições se realizarem em ambiente de transparência absoluta". O líder da UNITA estranhou a ausência de informação sobre o concurso e as empresas seleccionadas para a auditoria dos sistemas de transmissão de dados a usar no dia das eleições para contabilizar os votos.

Da mesma forma, considera que "a questão das actas é uma questão sagrada. As actas têm de ser elaboradas, assinadas e entregues aos representantes dos partidos nas nas mesas de voto. Ninguém vai às eleições se esta situação não for clara", afirma, notando quer também não será aceite que "a polícia leve as urnas do local onde as eleições foram feitas sem que as acta sejam assinadas".

No dia em que a UNITA apresentou o seu manifesto eleitoral, Samakuva prometeu uma Angola mais igual, sem intolerância nem perseguições. "Todos são sofredores. Todos merecem o nosso carinho", sublinhou o presidente da UNITA. que atribuiu a"intolerância e exclusão" no país à "ganância de alguns e à falta de espírito democrático".