Luanda -  O MPLA, defende que a UNITA deveria pedir desculpas a algumas famílias devido ao que fez no passado.  Está posição foi apresentada, quando falava a emissora católica,  este sábado, pelo seu secretario para os assuntos políticos em Luanda, Norberto Garcia como proposta para  atenuação do ambiente de intolerância política que se tem registro.

Fonte: VOA/Club-k.net

Como proposta para acabar com a intolerância

Segundo ele “as pessoas reagem mal quando vêem a UNITA”, por isso sugere que se “peça  desculpas aos cidadãos e famílias para  ver que as coisas já mudam”. 


“A UNITA  portou-se mal a um certo período neste país”, disse o  político após  ter sido solicitado a reagir sobre os casos de intolerância política que tem acontecido em algumas localidades sobretudo na província de Benguela, onde militantes da UNITA e MPLA tem enveredado pela pancadaria como forma de resolver problemas de impedimento de colagem de bandeiras nas ruas.


Em reação, a candidata a deputada pela UNITA, em Luanda,  Mihaela Webba lembrou que  “a guerra foi feita pelo MPLA  e pela, UNITA” e que “estamos a 10 anos do calar das armas e infelizmente quem deveria promover a verdadeira reconciliação não fez”. A também jurista realçou que os angolanos ainda não estão reconciliado tendo lamentado que se vai para as eleições neste clima. 


Denunciou a margem do programa que muito recentemente foi ameaçada por um militante do MPLA e em reação, o político Norberto Garcia solicitou o nome deste militante para que o seu partido abre um processo de investigação. “Nos no MPLA não temos cultura de ameaçar”.


ANGOLA FALA SÓ - Norberto Garcia diz que não há intimidação em Angola


Em Angola "não vivemos num mar de rosas mas fizemos muito em 10 anos", disse hoje Norberto Garcia, do MPLA, no programa Angola Fala Só, da Voz da América.


O secretário provincial do MPLA em Luanda para os Assuntos Políticos e Eleitorais, respondia aos ouvintes daquela emissora, onde afirmou, ainda, que os familiares dos desaparecidos Alves Kamulingue e Isaías Kassule devem "recorrer às instâncias judiciais", se a polícia não lhes conseguir comunciar o paradeiro dos mesmos.


Numa viva defesa da governação do MPLA, Garcia insistiu que o seu partido tem humildade para recomhecer que há muito a fazer e que em Angola "não vivemos mum mar de rosas", mas insiste que "fizemos muito em 10 anos", referindo-se ao período de paz posterior à morte do líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi.


Para ele, o governo deve "crescer mais e distribuir melhor" e o "MPLA tem o melhor programa eleitoral" para garantir a "estabilidade e unidade" nacionais.


Norberto Garcia insiste que "não há intimidação nem intolerância" em Angola nem coação para obrigar os cidadãos a votar no MPLA.


Às acusações de repressão de manifestantes e limitação da liberdade de expressão em Angola, Garcia respondeu que o MPLA é o obreiro da democracia em Angola e que "se quisessemos exterminar alguém tinhamos feito isso em 2002 quando tínhamos a faca e o queijo na mão".


Argumenta que as acusações de falta de democracia em Angola partem "dos que fizeram a guerra" exortando "esses que fizeram a guerra é que devem, pedir desculpa" ao povo angolano.


Depois de insistir que nenhuma manifestação será proibida em Angola, mas que haverá medidas contra quem ponha em causa a segurança e "o interesse público" Norberto Garcia disse não dispor de "elementos" sobre o caso do desaparecimento dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Kassule, dos quais não há sinal desde finais de Maio.


Preconiza que as famílias devem pedir informações à polícia e, se este não tiver respostas, recorrer "às instâncias juduiciais".