Benguela - Sexta-feira 03 de Agosto de 2012 aproximadamente 13horas (curiosamente dia de nascimento do Dr Jonas Savimbi), militantes da Unita e do Mpla em Benguela entraram em actos de pugilato. Os motivos são contraditórios.


Fonte: Club-k.net


Há quem diga que os maninhos reagiram porque a sua propaganda eleitoral foi abafada na rotunda da cruz vermelha pelos camaradas que embelezaram-na com as suas cores. Enquanto os camaradas dizem nada fizeram. Cada um defende a ferro e fogo a sua dama. O destaque para imprensa pública foi agressão ao Senhor Nelson da Conceição director provincial da Educação. O que fazia ele ali em plena hora laboral? De certeza só ele saberá. As acácias agitaram-se e tremiam de medo. Muita boca gritou repudiando e outras solidarizando-se. Comentários ruins e bons não faltaram.


É prática comum em Angola gritarem as consequências de qualquer acto ou acontecimento. Esquivam-se muitas vezes das reais causas. O compêndio de legislação eleitoral propriamente a lei orgânica das eleições gerais no seu artigo72.º (Propaganda gráfica)

1. Os órgãos competentes da Administração Local devem determinar quais os espaços destinados à afixação de cartazes, fotografias, jornais murais, manifestos, avisos e demais material de propaganda eleitoral.

2. Os espaços designados para a propaganda devem ser, tantas quantas as candidaturas e repartidos em termos que garantam igualdade de condições e oportunidade para todas.


3. Não é admitida a afixação de cartazes, nem a realização de inscrições ou pinturas em monumentos nacionais, em templos e edifícios religiosos, em edifícios de órgãos do Estado ou em edifícios onde vão funcionar as assembleias de voto, nos sinais de trânsito, em placas de sinalização rodoviária ou no interior de repartições públicas.


O entendimento do legislador ordinário é permitir que todos os correntes publicitem as suas actividades, cores, bandeiras ou outras façam sem desigualdades e em pleno respeito pela diferença. Entende mais o fazedor da lei que determinados locais são expressamente proibidos para que não se confundam os interesses políticos com os interesses colectivos.

 

Tenho muitas dúvidas que estes preceitos foram aplicados em todo território nacional nesta fase eleitoral. Saia á rua e observa o carnaval de propaganda eleitoral. Fixam-se em qualquer lugar até na janela, porta, passeio de qualquer casa. De facto é lamentável o que sucedeu na cidade das acácias. Não sou defensor da ilegalidade, motim ou desordem todavia sou amicíssimo da cidadania responsável e do exercício ético da política.”A lei neste caso preveniria a fricção.

 
O direito de antena acomoda muitos políticos que pensam erradamente que aqueles 10 minutos na rádio e 5 minutos na televisão de fama atingem o seu auge. Limitam-se unir amigos e com frases desordenadas dão o seu “charme”. Enquanto outros simplesmente publicitam o passado. Como disse Victor Silva á RNA “os balanços em Angola são sempre positivos”. È urgente que imprensa publica cumpra com o teor do despacho presencial de exoneração da turma da tia Carolina Cerqueira.
 

Militantes activos mascarados de analistas ou comentaristas (o cota Reginaldo Silva não se opõe a militantes comentaristas, entende ele que também militantes de outros partidos deviam ter o mesmo tratamento e espaços mediáticos). Respeito este argumento mas discordo. Imagine que hoje víssemos o cota RS, Rafael Marques e outros usando propaganda de qualquer partido. Receio que a reacção de muitos como eu que os admiramos, seria aborrecimento. Seria um K.O. Por isso que é um comentarista ou analista político não deve estar comprometido. Não é fácil separar as fronteiras. Muitos confundem entre ser cidadão e ser militante.
Domingos Chipilica Eduardo em Benguela
 
 
Domingos Chipilica Eduardo em Benguela