Luanda - “Policia mata secretário da JURA na Lunda-Sul” noticiou o Club-k. A morte de qualquer ser humano, seja em que circunstância for é uma perda insubstituível e irreparável. Mahatma Gandhi disse uma vez a propósito; “quando se perde uma vida, perde-se um mundo”. Os Mídias ou a “voz do povo” (como alguém da nossa praça jornalística convencionou designar os jornais, ou foi apenas para a “sua sardinha”?) deveria interceder para que a morte gratuita, principalmente com armas de fogo, arma branca ou de qualquer outra índole não tenha lugar jamais no nosso seio, para que os fantasmas do passado não nos perturbem, e assim as almas dos milhões de mortos nossos irmãos, descansem finalmente na paz do Senhor.


Fonte: Club-k.net

“A voz do povo” deveria ser esgrimida sempre para o benefício do povo, para a felicidade do povo isto é, para a “transmissão” da VERDADE, e esta é indissolúvel com o cumprimento incondicional da lei, a paz e a ordem só pode ser um fato se a lei for escrupulosamente cumprida. Não se negoceia a lei, a lei tem como objeto a preservação da paz e na última instancia o preservar da vida humana.


A notícia em referência no genesis desta, evidencia uma antiga pratica da nossa polícia nacional (PN), onde os casos do tristemente célebre massacre do largo da frescura e o do Benfica (onde morreu um jovem inocente de férias, proveniente da Republica da Africa do Sul – nas mesmas circunstancias que o Inocêncio do município do Dala), são os casos mais salientes.


A PN em Angola, não é treinada para lidar pacificamente com o povo, a PN é treinada para o uso infundamentado da FORÇA mesmo para separar duas crianças que estão ‘pelejando’ por um samba-pito. Vimos e presenciamos tal, á quando da pacífica manifestação de um grupo de mulheres no largo da independência que protestavam contra a violência domestica, a PN fez uso desproporcional da força, maltratando brutalmente as manifestantes “por não se fazerem portar das cores do partido no poder”.


MUNICIPIO DO DALA - Lunda Sul


No caso vertente, a polícia queria resgatar um velho que estava sendo espancado pelos familiares ou por um grupo de pessoas, e de imediato a polícia fez vários disparos (fê-lo para o ar?! Se assim tivesse acontecido diríamos que a vitima mortal, estava flutuando e acidentalmente foi atingido), pelo que tudo indica os disparos foram feitos PROPOSITADAMENTE para matar, e acidentalmente (?!) atingiu o secretário da JURA da localidade. Assim como no passado recente dois atores de cinema em luanda, foram mortos ‘acidentalmente’ pela PN – alvejados a matar.


Alguns analistas de pacotilha, que estão “bwé-lixados” com Angola (ou devo dizer com a nossa independência?) algures em países distantes, no conforto da paz que “estão com ela” analisaram incendiariamente que o secretário da JURA, estava entre os que maltratavam o idoso, não lhes passou pela cabeça que poderia ser um mero espetador ou um inocente transeunte, por isso a noticia reportar;


“…Na tentativa de resgatar um idoso acusado de práticas de feitiçaria que estava a ser torturado pela família, fez tiroteios resultando da ação à morte do cidadão inocente. A vítima era secretário da JURA, na aldeia do Luele, no município do Dala…”


Ora o texto é claro, mas os “bwé-lixados” cá & lá interpretaram ‘apressadamente’ que o Jovem que em vida chamava-se por (ironia do destino) Inocêncio, fazia parte da família que torturava o velho, e imediata e muito convenientemente atribuiu tal fato a UNITA, e perguntaram-se maliciosamente; “é assim que querem governar Angola?”


Ao passo que a pergunta correta relacionada com o comportamento violento da PN sob a responsabilidade do executivo do MPLA-JES, deveria ser; “é assim que o MPLA-JES diz ser o garante da PAZ?”


Propositadamente também passou despercebido para a maioria o fato de que o secretário provincial da UNITA, esteja a mediar o sucedido para não incendiar ainda mais os ânimos, é tal gesto confundido com o “animar da violência?”


A VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA


Traçarmos neste artigo a lista de atos de violência desde o “eclodir” da Paz até a presente data, estaria muito certamente a ser necessariamente repetitivo, vamos porem salientar que a determinada altura, o MPLA-JES abandonou a senda da reconciliação e incentivou, enveredou para a senda da violência;


-Quantos cidadãos perderam a vida por intolerância política, sob a responsabilidade do MPLA
-JES? Só em Benguela e Huambo, mais de 150 cidadãos perderam as suas vidas – em plena “PAZ”
- só pelo fato de nutrirem opinião contrária do partido no poder, e defenderem outras cores politicas. (é isso Democracia? É isso ser o garante da paz? – Como vamos chamar a isso? Mostrar as unhas, garras ou a vampírica dentuça?)

- Quantos cidadãos tiveram as suas casas impiedosamente derrubadas, sem a justa contrapartida? E atirados nas várias “chavolas” espalhados pelo País?

- Quantos discursos ouvimos de altos dirigentes do MPLA-JES, tais como Dino Matross, Bento Bento e Falcão abertamente incentivarem a violência pura e bruta, contra os jovens manifestantes? Não foi a partir de tais discursos, que surgiram os “Tonton Macoutes”, que distribuíram porrada assassina contra os jovens revolucionários?

- O desvio de bilhões de USD do erário público, a planificada “distribuição e crescimento” da miséria. A saúde moribunda, a educação podre etc., etc. não é uma amostra horrorosa das unhas vampíricas da violência?

O mais alto estandarte da violência institucionalizada, é certamente a CORRUPÇAO, a correia-de-transmissão da violência, da injustiça e do apego obsessivo de JES ao poder.

KAMULINGUE e KASSULE

Certamente algum ‘pensador’ da corrente JESiana, vai atribuir a UNITA o desaparecimento destes jovens, que atreveram-se única e simplesmente reivindicar o pagamento das suas pensões.


O título deste artigo – referindo-se ao exposto pelo Sr. Celso M. - não seria apropriado quando toda a sociedade se ergueu para reclamar do executivo do MPLA-JES o paradeiro dos mesmos, sequestrados pela milícia do regime a mando do SINSE?


Parece que, para uma boa parte da sociedade e dos jornais ou “voz do povo” estão se esquecendo que dois compatriotas nossos encontram-se ilegalmente enclausurados – pois o comando geral da PN diz, desconhecer o paradeiro dos mesmos – em algum sótão, ou já enterrados algures.


Tal ato assassínio foi para desencorajar, manifestações posteriores de ex-militares, já que os referidos compatriotas foram catalogados como os líderes das manifestações de ex-militares. Porem ainda recentemente aconteceu uma manifestação de ex-militares na cidade do Lubango, violentamente reprimida pela PN & associados.


O que os ex-militares reclamam? Não seria mais fácil o executivo atender as reivindicações dos mesmos? Porque o executivo do MPLA, “parte” sempre para a via contrária da lei – na contra mão - da concórdia e da PAZ?


CLUB-K e José Gama

Club-k tem sido uma dor de cabeça para o regime. Club-k tem dado uma lição de como se pratica o jornalismo, todos os jornais de Angola (menos um) servem o regime, obedecem aos ditames de JES, e o único que tenta dar o ar da sua graça, é infelizmente muito dependente da “vontade e capricho” do seu dono.


No Club-k até o comissário chefe dos bajuladores, José Ribeiro, faz passar a sua bajulação, inclusive até os engenheiros da ditadura, tais como o Falcão & Buçalos. Mas nos órgãos por eles controlados a “ferro e fogo” não passa nada, que seja favorável a oposição e obviamente desfavorável ao regime.


Já tentaram fazer ‘calar’ o club-k por todos os meios, até que decidiram utiliza-lo “também” para fazer passar as suas ideias. Porem dia a dia o portal está ganhando mais consistência, aderência e popularidade, o regime não esta habituado a isso, “tudo tem que estar sob o seu controlo”.


Mais raptos na Forja


O regime tem na forja levar a cabo mais raptos, a saber; José Gama e David Mendes, para silencia-los quando a campanha entrar na sua fase crucial ou derradeira, a altura em que certamente o eleitorado “vai prestar mais atenção a ‘coisa’ ouvida”.


Querem apanhar entre aspas, o J. Gama, para ver se neste período crucial da campanha, conseguem enfim silenciar ainda que temporariamente o portal, já que todos os esforços evidenciados para o silêncio total, não foram bem-sucedidos.


J. Gama tem provas irrefutáveis deste plano macabro do SINSE, que tem já direcionado os TONTON MACOUTE na execução do mesmo.


TONTON MACOUTES disfarçados de militantes da UNITA


Em consonância com assunto, grupos diversos estrategicamente espalhados no País, com maior incidência nas províncias de Luanda, Uíge e do Centro e Sul, estão criados e orientados a “vestirem-se” das cores da UNITA e fazerem distúrbios e atos de vandalismos – inclusive vão assassinar algumas pessoas - para assim atribuir a UNITA o desejo de retorno a guerra, e fazerem as pessoas desistirem da ideia da MUDANÇA.


É motivo para dizermos “Unhas finalmente de fora?” De qualquer maneira tal já temos visto desde que afirmaram ‘com toda a pachorra’ que “Agora a Democracia é Lei”.

“ QUEM O LOBO POUPA; SACRIFICA A OVELHA!” - Proverbio popular
 
Nguituka Salomão