Luanda - A SGO é uma Empresa de transportes de passageiros cujos autocarros levam todos os dias centenas decidadãos para os vários destinos deste imenso País. Pode-se mesmo afirmar que em termos de transporte interprovincial de passageiros, a SGO detém alguma hegemonia no mercado.

Fonte: Club-k.net

Todavia, essa Empresa tem um histórico muito negativo em termos de acidentes trágicos envolvendo autocarros seus. A explicação está no excesso de velocidade que é o abono de família dessa companhia!


Essa não é uma constatação barata feita por alguém que ouviu dizer. A SGO era a minha companhia de eleição sempre viajasse para os mais variados cantos desse País. Volta emeia tive de optar pela concorrente em função do excesso de velocidade praticado pelos seus motoristas, embora não tenha prescindido totalmente dos seus serviços, já que as outras companhias ainda não cobrem alguns destinosonde só a SGO se desloca.


Decidi fazer esta reflexão em função do último acidente envolvendo mais um autocarro dessa companhia, cuja trajectória era Luanda-Lubango, tendo o infausto acontecimento ocorrido a 35 km da cidade do Lobito, como muitos terão acompanhado. E comosaldo negativo morreram 19 pessoas no local e as outras 46 ficaram feridas.Muito recentemente, há quase três semanas, um outro autocarro da mesma companhia ido da cidade de Saurimo/Malange com destino à Luanda, também vitimou muita gente na zona do Kuanza-Norte. Entendi citar apenas esses exemplos, embora hajam outros, tendo em conta que o objectivo desta reflexão não é o de enumerar os vários acidentes que já envolveram essa companhia, mas o de chamar atenção as autoridades e a sociedade para a gravidade do problema. De facto, não são poucos os acidentes de viação envolvendo os autocarros da SGO. Comparativamente as outras empresas que também operam no mercado, a SGO é sem dúvidas a que mais acidentes tem na sua colecção. Daí não nos podermos calar face a gravidade da situação.


As autoridades são chamadas a regulamentar o serviço interprovincial de transporte de passageiros, obrigando as companhias que operam nessa área, a se munirem de equipamentos que possam limitar a velocidade dos seus autocarros, como aliás, já acontece com a companhia MACON Transporte, cujos autocarros têm um limitador de velocidadepara um máximo de 80km/hora. E se analisarmos muito bem, o único acidente trágico envolvendo um autocarro da MACON foi a alguns meses no Lobito, motivado pela perda dos travões do mesmo. Portanto, sem pretender afiançar, mas aqui o erro foi técnico e não humano como é praxe na SGO. Aqueles autocarros têm acapacidade de levar até 52 passageiros e, muitas vezes a velocidade é levada até 140 km/hora (um claro exagero).


A sociedade por ser a destinatária dos serviços prestados por essa companhia e, portanto, a vítima desses acidentes, também tem uma palavra a dizer, contribuindo da maneira que melhor achar para que não voltemos a assistir a muitas perdas de vida na estrada, envolvendo companhias de autocarros. Já basta o teatro que nos têmbrindado os motoristas dos mini-autocarros que, conduzem mesmo até quando têm sono e estão sob o efeito de álcool. Claro que os acidentes acontecem por diversos factores. Todavia, um limitador de velocidade faria, como acontece com a MACON, com que os motoristas não excedessem a velocidade à seu gosto. De maneira que, uma vez que o acidente não possa ser evitado, haja uma menor perda de vítimas humanas e materiais.


Não podia terminar sem deixar subjacente uma questão que acho pertinente. Será que a SGO tem indemnizado as famílias dessas vítimas? É uma pergunta que gostaria de ver respondida.