Luanda - O general João Baptista Tchindandi, antigo governador do Ku­ando-Kubango indicado pela UNITA no quadro do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), foi a Mavinga, Calai, Dirico, Cuangar e Rivungo como novo militante do MPLA.


Fonte: Jornal de Angola

João Baptista Tchindandi, conhecido por “Black Power”, desfez todas as dúvidas sobre a adesão ao MPLA e afirmou que “não há a menor dúvida” que o partido no poder “é a salvação do povo angolano”, pois é “a única formação política do país que se preocupa, no verdadeiro sentido da palavra”, com os seus problemas.

O general disse que a UNITA, formação que abandonou em Julho, “não tem uma ideia concreta sobre os problemas da nação, está sem norte e, como resultado, por onde passa, só faz promessas enganosas à população”. Os dirigentes da UNITA, acusou, “ainda não perceberam que, com este tipo de atitudes, destroem o partido”.

“Black Power” referiu que se um general como ele, que foi “dos grandes pilares da UNITA”, diz que “o partido do galo negro está a morrer é porque não há qualquer dúvida” e que todos os que teimarem em segui-lo caem “na mesma destruição”.

O general “Black Power” lembrou que, em 2002, quando a UNITA foi derrotada após três décadas de conflito armado, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tinha tudo para acabar com aquele partido, mas que não o fez por ser “um verdadeiro arquitecto da paz, da democracia e da reconciliação nacional”.

A coordenação da campanha eleitoral do MPLA no Kuando-Kubango continua a promover acções de campanha para conseguir mais votos nas eleições gerais e elegeu os municípios de Mavinga e de Rivungo como os prioritários.

A JMPLA e a OMA realizaram comícios no Calai, Dirico, Cuangar, Jamba Cueio, Cuchi e Cuito Cuanavale, onde foram apresentados o manifesto eleitoral e o programa de governo, que tiveram a participação de centenas de pessoas. O primeiro secretário do comité provincial do MPLA no Kuando-Kubango, Francisco Tuta “Batalha de Angola”, disse não ter “a menor dúvida” que o seu partido, “como aconteceu nas eleições de 2008, vai ganhar e voltar a eleger cinco deputados na próxima legislatura”.

“Fomos a Mavinga e ao Rivungo, onde depois do fim da guerra, em 2002, a UNITA abandonou nas matas milhares de compatriotas entregues à sua sorte”, declarou. Falamos com eles, referiu, e deram um voto de confiança ao MPLA porque foi o Governo deste partido que, com um plano de realojamento bem concebido, salvou a vida dos mutilados de guerra, de mulheres e de crianças”.

Francisco Tuta “Batalha de Angola” garantiu ao Jornal de Angola  que o MPLA vai continuar a ajudar as pessoas resgatadas das matas, muitas das quais vítimas de raptos da UNITA, a reencontrarem os familiares. Infelizmente, lamentou, muitos deles não sabem para onde ir e constituíram outras famílias.