Luanda - Chegados ao final do processo eleitoral, resta à oposição atípica angolana aceitar humildemente os resultados eleitorais que se apresentam. Não existe nenhuma alternativa que seja mais honrosa a não ser legitimar o poder instituído como forma de agradecer ao povo eleitor de todos os partidos incluindo os eleitores do partido vencedor, parabéns ao MPLA JES.

Fonte: Club-k.net


No entanto fica o meu recado às oposições para que tirem as ilações necessárias e desejáveis dos resultados alcançados nessas eleições e comecem a fazer outras leituras sobre o sistema politico nacional e suas complexidades, e também que aprendam a ouvir conselhos vindos de outras pessoas mais habilitadas em matéria de politica domestica.

É claro que esse resultado não é o esperado e pouco satisfação traz aos angolanos. Nessas eleições esperava-se um maior equilíbrio na assembleia nacional, pois nós todos aguardávamos um melhor e mais saudável equilíbrio no parlamento para enriquecimento do debate politico, e desse modo  proporcionar maior credibilidade ao sistema parlamentar implantado no país.

Não foi apenas o MPLA quem ganhou a peleja eleitoral, mas foram claramente as oposições que perderam essas eleições.

Agora se exige da parte da nossa atípica oposição aceitar os resultados de cabeça erguida e recomeçar tudo de novo e demostrar ao seu eleitorado uma maior dedicação na defesa dos seus interesses, dentro e fora do parlamento.


Não interessa discutir como o partido ganhador conseguiu alcançar esse se cor eleitoral. Quando avisei que não estava apenas em jogo a alternância de poder, mas sim o desmantelamento de um regime déspota, não estava a brincar nem a falar nada que não fosse verdade, porem esse dado não tem mais qualquer valor acrescido, pois o importante mesmo é as oposições unirem-se para um maior controlo de quem esta mandatado para gerir e administrar a coisa publica.

Não pertenço a nenhum partido das oposições, mas faço oposição ao sistema politico endêmico que se implantou no nosso país.


Desse modo continuarei ainda que solitário a defender o sistema democrático do mesmo modo que meus detratores continuarão a acusar-me como a muito fazem. Acredito não estar aqui em causa a minha honorabilidade.


O que esta aqui em causa é o dever de toda oposição em tomar sérias responsabilidades no parlamento e fora dele exercer total controlo fiscalizador das politicas sociais, econômicas e financeiras que surgirão nessa nova legislatura.