Lisboa - A Missão de Observação Eleitoral da CCPLP (CPLP) classificou as eleições gerais de sexta-feira em Angola como tendo sido «livres, transparentes e democráticas». O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo chefe da Missão, o antigo chefe da diplomacia moçambicana Leonardo Simão.


Fonte: TSF

images/stories/politica/jes%20cavaco%20silva%20brinde%20angola%20portugal.jpg«A Missão considera que as Eleições Gerais respeitaram, na sua generalidade, os princípios e procedimentos internacionais, o que permite concluir que as mesmas foram livres, transparentes e democráticas», afirmou.


Todavia, a Missão da CPLP deixou três recomendações às autoridades angolanas: a melhoria do sistema de acreditação dos observadores nacionais e internacionais, a melhoria do credenciamento dos delegados de partidos políticos e a necessidade de ser dada «especial atenção ao continuado aperfeiçoamento» do processo de registo dos eleitores.


A Missão de Observação Eleitoral da CPLP integrou 18 observadores de todos os Estados-membros, com óbvia exceção de Angola por ser este o país que organizou o escrutínio. Os observadores da CPLP estiveram presentes nas províncias do Bengo, Benguela, Huambo, Huíla, Cuanza Sul e Luanda, tendo acompanhado a votação em cerca de 400 mesas de voto, designadamente a abertura e o fecho das urnas, bem como a contagem dos votos.

De  acordo com os dados provisórios divulgados no sábado pela CNE, o MPLA, partido no poder em Angola, liderava a contagem dos votos das eleições gerais realizadas na sexta-feira, com 74,12 por cento, quando estavam contados mais de dois terços dos votos.


Estes dados, relativos a 68,66 por cento dos votos, colocavam a UNITA na segunda posição, com 17,83 por cento, a CASA-CE, a nova coligação do dissidente da UNITA Abel Chivukuvuku, no terceiro lugar, com 4,65 por cento, seguida do PRS, com 1,83 por cento.