Luanda -  José Eduardo dos Santos é o grande vencedor das eleições gerais. Foi ele que deu a cara pelo MPLA nos momentos cruciais da campanha e sofreu os ataques mais violentos de adversários que resolveram perfilhar e amplificar as calúnias e insultos grosseiros que circulam numa imprensa nacional e internacional desclassificada e desqualificada. Às injustiças de políticos com pouca ética e memória, responderam os eleitores com a justiça do reconhecimento e da gratidão.


Fonte: JA

José Eduardo dos Santos podia ficar comodamente no seu gabinete a observar o processo político e o programa de reconstrução nacional que lhe está associado. Mas preferiu vestir o fato-macaco e ir para a linha da frente. Seguiu a par e passo a reconstrução. Acelerou o que precisava de mais velocidade, dinamizou o que estava atrasado, definiu prioridades, traçou projectos, assistiu a par e passo à sua execução. Foi um chefe do Executivo dinâmico e actuante, não durante um dia, mas durante dez anos. E ao mesmo tempo cumpriu com inteligência e isenção, o seu papel de mais alto magistrado da Nação.


Tudo foi feito longe das luzes da ribalta, sem ostentação nem aproveitamento mediático. E era legítimo explorar esses sucessos. Quem dirigiu o programa de reconstrução nacional nos últimos dez anos foi José Eduardo dos Santos. E se essa realidade não tem sido reflectida nos órgãos de comunicação social, ela é bem conhecida pelos angolanos de todo o país. O Projecto Água para Todos foi lançado pessoalmente e acompanhado em permanência por José Eduardo dos Santos. A reconstrução da rede viária fundamental nacional foi definida por ele, como prioritária. O seu alargamento quase para o dobro das vias que existiam antes da Independência Nacional, foi uma decisão tomada a tempo e horas pelo Presidente da República, não para ganhar votos nas eleições mas para dinamizar a economia e garantir a mobilidade. A Constituição da República é um dos feitos políticos mais importantes de José Eduardo dos Santos, porque representa um corte com o longo período de transição (1992-2002) e contém instrumentos fundamentais que promovem a estabilidade política, tão importante para o florescer das democracias em crescimento.


José Eduardo dos Santos é o rosto da Constituição que institucionaliza um regime onde é privilegiada a estabilidade como instrumento vital para o aprofundar da democracia e o desenvolvimento económico. As eleições gerais permitem que um só partido tenha um Presidente, um Executivo e uma maioria parlamentar. Esta vantagem política é inestimável num país que ainda está a refazer-se da longa guerra que acabou apenas há dez anos.


José Eduardo dos Santos arrancou a campanha eleitoral de um marasmo que começava a preocupar. O resultado está à vista. Nas províncias onde presidiu a grandes comícios, o MPLA teve vitórias retumbantes, tanto mais importantes quanto mais foram conseguidas contra toda a oposição. Nestas eleições formaram-se coligações negativas e com apoio externo que tinham como único objectivo roubar votos ao MPLA e ao seu cabeça de lista. Apostaram na deslealdade e pisaram o Código de Conduta Eleitoral.


José Eduardo dos Santos provou mais uma vez que é um líder sereno com grande apoio popular. Os que mais se destacaram na mentira e na ilegalidade foram penalizados nas urnas. Os angolanos de todo o país respeitam e apoiam o seu Presidente da República. Porque sabem que nos momentos mais importantes da nossa História, antes e depois da Independência Nacional, ele esteve sempre do lado da paz, da justiça e da liberdade. E em muitas ocasiões, essa postura implicou defrontar forças poderosíssimas que apostavam tudo na destruição de Angola e na submissão do seu povo e que hoje teimam em não pedir desculpas. O líder dos angolanos entrou em todas as batalhas decisivas e venceu. As suas vitórias fizeram de Angola um país livre, independente e imparável no rumo para o desenvolvimento.


O líder do MPLA apresentou-se a votos assumindo as responsabilidades pelos últimos quatro anos de governação. Só quem confia ilimitadamente no seu povo tem a coragem se submeter ao veredicto popular. E o eleitorado respondeu ao desafio, renovando-lhe o mandato por mais cinco anos, com uma maioria qualificada. Poucos líderes políticos se apresentavam ao eleitorado, no final de uma legislatura, sem “rede de protecção”. Porque o Executivo fez muito e o mais difícil. O que ficou por fazer é agora mais fácil, ainda que o grau de exigência seja maior. O eleitorado confiou no líder que deu o seu melhor, discretamente, sem ostentações nem subterfúgios. Daqui para a frente, o exemplo de José Eduardo dos Santos deve ser seguido.


Se todos os políticos imitarem o Presidente da República, vamos ter mais eleições e com isso mais estabilidade, vamos banir da sociedade a ostentação e a arrogância de quem não sabe ser democrático nem exercer o poder que lhe é confiado pelo povo nas urnas.