Bruxelas - INTRODUCAO: Responder a uma pergunta fácil a expor mas difícil a argumentar mesmo numa independência relativa porque ela vai tornar-se cada vez universal. A causa desta reflexão localiza-se no denominador comum que os diversos sujeitos encontram no sofrimento, medo, desespero independentemente de posições, estatutos sociais, acumulações ou power.


Fonte: Club-k.net

Traz-se áqui a suave resposta numa mistura de concepções bíblicas e profanas mas no intelectualismo. Neste espaço apresenta-se a posição assumida pelo Criador assim daqueles que negam-Lhe e rejeitam-la.


Um trabalho realizado na base do livro da sabedoria e nas simples observações do quotidiano. É um reparo no raciocínio humano comparando ao de um irracional, que numa imagem chame a nossa atenção.


CONHECER E AMAR

Neste mundo vive-se actualmente um tempo agudo em tudo. Vive-se num século da tecnologia dominado pelas pressões sociais, excesso do materialismo, caça do poder, guerras injustificadas, medo do terrorismo, dominação de uns aos outros, crimes incontroláveis, insegurança total, crises financeiras e reina a lei da selva; onde “os mais fortes devoram os mais fracos”. Esta situação que parece não ter solução, provoca reflexões contínuas. Os pesquisadores e cientistas “dando suas línguas ao cão” investigam, os astrólogos, mágicos e divinadores inventam teorias, os políticos e falsos profetas criem teoremas absurdas em fim… tudo indica que o homem perdeu o controlo da sociologia. Tudo corre num ritmo perturbado e numa velocidade supersónica, onde a ferocidade empregue para a sobrevivência não é só business dos lobos, mas do homem, destrutor do seu próprio meio ambiente.


Será que Deus conhece…? Esta pergunta está en vogue tanto no mundo desenvolvido como nas nações pobres. A notoriedade desta questão ganhou um duplo carácter (individual e colectivo), por isso cada um pergunta-se sempre: Será que Deus existe? Será que Deus conhece-me? mas como o sofrimento e medo já não respeitam fronteiras? cada organização, comunidade, cultura, sociedade e individuo pergunta-se: Será que Deus conhece Angola? Será que Deus conhece África?


Esta mesma pergunta já não depende da posição social, do poder económico, da raça ou tribo, do estatuto ou perfilo de rico ou pobre. Esta pergunta demonstra que chorar não tem idioma nem alfabeto. Será que Deus conhece América? Foi o repetido choro dos americanos depois do ataque terrorista contra o World Trading Centre. Será que Deus conhece Afeganistão? Será que Deus conhece Irak? Será que Deus conhece Zimbabwe? Todo homem confrontado por dramas insuportáveis da vida acaba por questionar-se isso! Esta pergunta não deixa hoje de fazer parte do palco fofocativo do dia-a-dia angolano.


Responder a esta pergunta não é difícil porque só tem duas curtas respostas (Sim ou não) mas não é fácil justificar ou argumentá-las. Se posicionarmo-nos fora do nosso egocentrismo, de forma adequada esta pergunta seria: Será que Angola conhece Deus? Desta forma, responder será mais simples mas relativo conforme a constituição metafísica de cada cérebro para não pensar ainda nos componentes alimentares depositados no estômago deste ou daquele, já que uma barriga vazia não tem cérebro.

Quando se fala sobre Deus conhecer Angola ou Angola conhecer Deus (vice-versa), o sentido do verbo conhecer altera de posição e significado. Aqui conhecer não deve ser possuir uma noção sobre ou acerca de. Conhecer não é saber sobre. Este conhecer não deixa de ser um atributo mental ou propriedade do nosso conhecimento geral. É uma propriedade privada na nossa consciência ou mentalidade. O conhecer desta qualidade tem um sentido real mas que não é verdade, mesmo no paradigma intelectual. Enquanto o verdadeiro conhecer em relação ao Deus significa possuir uma verdadeira conexão. Ter uma afinidade familiar (Criador e criatura, Pai e filho) com Ele. Uma relação que se baseia no diálogo mútuo, correspondência biunívoca, passar em conjunto momentos preciosos, possuir elos etc.


Será que Deus conhece Angola? Será que Deus ama Angola? Quem conhece Deus não pode hesitar de reconhecer que Deus é o Criador do universo e da humanidade e Que é Omnipresente, Omnisciente e Omnipotente. Que seja uma nação ou indivíduo habilitado a crer e declarar isto, sabe perfeitamente que Deus existe e deve compartilhar a vida social, política, económica e espiritual com a sua criatura (natureza, seres, estruturas, sistemas etc.). Os seres irracionais como pássaros, cadelas sabem e reconhecem isso. Nesta visão Angola é constituída por sua população (estudantes, trabalhadores, desempregados, homens, mulheres, zungueiras e crianças), homens com autoridade (oficiais militares e judiciares, patrões e directores), e o corpo político (governantes e opositores políticos). Estes fazem parte dos recursos humanos e instrumentos de produção de Angola, chamados a obedecer e trabalhar em conjunto com o Criador para um futuro melhor.

Pergunteis-vos ainda uma vez se na realidade Angola conhece Deus e ama esse Deus? Digamos que a resposta for sim, mas na sua justificação deve-se considerar se na verdade o homem angolano convida Este Deus, seu Criador na sua vida, dando-lhe a posição meritória! Que tal do amor do seu próximo? E porquê tanta injustiça?

Este Angola, comunista de ontem, tradicionalmente ocultista de anteontem tinha negado a existência de Deus, impedindo-Lhe operar livremente no seu território, proibindo seus filhos correctamente Lhe adorar. Este Angola que vai copiando a cultura politically correctness dos outros esquecendo que estas cópias são culturally wrong: quando se retira a presença de Deus no curriculum nacional do programa educacional, quando Deus não é presente nos palácios, nos quartéis, na Assembleia Nacional enfim é ausente mesmo na educação básica da família. Angola tem entrofiado Deus numa barraca de 4 m², negando-Lhe o espaço manobratíco. Eis, uma criatura que procura dominar o Criador!

Prov 19:3
A estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o Senhor.

Este verso demonstra o coração do homem como também da nação, que não aceitam as consequências das suas desobediências preferindo acusar Deus como culpado das suas miseráveis vidas. Penseis ainda, quando é que temos procurados a saber se Deus conhece Angola e se realmente ama Angola? Quando e quantas vezes que a curiosidade da nossa consciência funcionou? Na verdade não é no tempo de prazer, de abundância, da felicidade ou de regozijo. O homem procura Deus quando aflitado estiver, desamparado numa situação conflituosa, confrontado com dificuldades intoleráveis, enfrentáveis ou de soluções inalcançáveis.

Os iraquianos incriminam este Deus esquecendo que Saddam tinha se auto-proclamado Nabucodonosor. Os ingleses incriminam este Deus esquecendo que fizeram deste Deus um democrático para se posicionar no mesmo pólo com Allah. Os americanos incriminam Deus esquecendo que proibiram-lhe aproximar-se aos 100 metros do Congresso e das suas praias onde os Tsunamis circulam. Hoje Angola incriminam Deus quando se aproxima o sofrimento, descalabro e euforia amarga.

Prov 29:18

Não havendo revelação, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.

O amor de Deus para com os seus filhos e infalível e ilimitado. Deus não tem preferência e não sabe fazer batotas! Deus é justíssimo que a própria justiça. Ele ama e conhece Angola como conhece América, Índia, Irão, Cuba ou qualquer outro povo. Em situações normais Ele não faz escolha; mesmo em períodos de crises, conflitos ou de inimizade, Ele nunca opta pelas indiferenças.

Jossué 5:13-14

E sucedeu que, estando Josué ao pé de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé, diante dele, um homem que tinha na mão uma espada nua: e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: Es tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como prince do exército do Senhor.


Deus não ocupa posições quando se trata de circunstâncias em que o homem pensa O manipular. Tudo depende dos engajamentos do homem nas conjunturas e perante Deus. Numa partida amistosa ou num desafio de qualquer natureza, Deus não possui inclinações. Deus não estará nunca no seu lado porque se trata de Angola. Ele nunca prefere mais angolanos que zambianos. Deus não estará ao lado do angolano porque é progressista e abandonar outros povos porque são carcamanos, terroristas, sionistas, cristãos, ricos, pobres, muçulmanos etc.

Sendo Omnisciente, Deus é a fonte das ciências, e todo o intelectual sabe muito bem que a Bíblia é o principal dicionário e fonte inspiracional de quase todas as disciplinas. A falta ou o excesso do intelectualismo tem causado transtornos na visão, nas concepções e na capacidade humana de diferenciar e definir certas coisas

Oséas 4:6
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei…

Aqui o conhecimento no nosso intelectualismo é o conjunto de informações precisas, adequadas, testadas e aprovadas. Muitas vezes o homem é um intelectual que recebeu informações erradas que defende com efervescência, eloquência e audácia, já que tem mais argumentos que outros. O intelectualismo inclinado nas preferências é que afasta o homem do seu Criador. Neste século jamais se consegue diferenciar o feminino ao masculino, superior ao inferior, riqueza a pobreza, incompetência a vivacidade, gatunagem a coragem, agressores as vitimas etc. Certamente que o excesso do intelectualismo tornou-se sinónimo de ignorância. Não é explicável ver um congresso, uma assembleia ou parlamento discutir por longas horas e dias para definir o que é masculino ou feminino e acabam por fim massacrar-se com mocas, pontapés e bofetadas: a nova forma de resolver os problemas do povo.

A verdade é que Deus conhece Angola, gosta e ama Angola de todo o seu coração e sem reservas. Yaweh não é ignorante, cego ou falso. É necessário que cada angolano saiba a sua posição para com Deus. É preciso deixar ao Criador o seu lugar, associando-Lhe na vida social, política, económica e espiritual de Angola. Que Ele seja o centro e eixo da nossa concentração. Ele vai comunicar através seus verdadeiros servos.

Amós 3:7
Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.

Uma vez conhecemos e temos o pensar de Deus, Angola será próspera. Este pensar pode-nos ser revelado através seus servos. Infelizmente que os verdadeiros servos são hoje uma minoria insignificante já que a maioria dos profetas que poluem o nosso mercado são puramente falsos e bons caçadores das dízimas. Por consequência a nossa nação não valorize os poucos verdadeiros profetas que temos! Tem esses, consideração perante a nossa sociedade?


CONCLUSAO

Convidemos Deus em todas as estruturas angolanas, dando-Lhe o seu lugar de respeito e veremos o resultado. Daí também teremos a melhor explicadura sobre esta pergunta tão difícil de hoje.


Deus criou o homem a sua imagem e criou o angolano a sua semelhança antes de lhe abençoar; dando todas as riquezas a Angola. Deus não criou a pobreza Africana e nem tão pouco do homem. Até a pobreza ou miséria é economicamente reconhecida como criação humana.


Deus não ama mais Israel que Angola, nem mais Angola que Haiti! A pobreza ou sofrimento de um povo como de um homem não tem nada haver com o amor de Deus em relação a este ou aquele. Cristo que foi israelita, é a manifestação do amor de Deus para com Angola; que morreu pelos pecados do mundo, de toda a África, incluindo Angola.


O intelectualismo em Cristo é uma maravilha. Homens intelectuais de calibre de Nicodemos ou Darwin, o pai da teoria da evolução, reconheceram finalmente a senhoria de Deus Criador: e que tal eu, tu ou nós? Defender teorias erradas não é o intelectualismo. Isto os comunistas tentaram fazer e acabaram por mergulhar em baixo da perestroika. Portanto ontem os nossos professores da filosofia eram peritos em provar que o comunismo era o melhor sistema ecopolítico que a história conhece e que o movimento do desenvolvimento histórico nunca é regressivo. Que tal hoje? Intelectualismo também pode não ser sabedoria! Portanto grandes políticos de calibre de R.Reagan, B.Obama reconhecem a supremacia deste Deus.


O egocentrismo não é amor; o tribalismo não é, o egoísmo tanto como a exclusão social não fazem parte do amor fraternal ou mesmo patriótico. Existem 5 atributos que justifiquem a presença de Deus:-

1.    A paz
2.    A alegria
3.    O amor
4.    A unidade
5.    A vitória

Localize estes na sua vida, família, igreja ou mesmo no seio do seu povo!


Nsimba J.Dias