Luanda  — O analista político e docente da Universidade  Católica de Angola,  Nelson Pestana, “Bonavena” disse  se3gunda-feira à Voz da América que a reclamação dos resultados eleitorais, feita este domingo por três formações políticas concorrentes é de lei e constitui um desafio à Comissão Nacional Eleitoral  (CNE), no sentido de reconhecer os seus próprios erros.


Fonte: VOA

Bonavena sublinhou que se a resposta da CNE não for do agrado dos requerentes, estes  poderão recorrer da decisão para o Tribunal Constitucional.


“A CNE deve desenvolver o sentido crítico dos seus actos e, se o for o caso , reconhecer que errou aqui ou ali ou que houve uma irregularidade que está a falsear os resultados tal como é a opinião destes partidos políticos e até de outros actores políticos nacionais”, disse.


A UNITA, a CASA-CE  e o PRS  contestaram os resultados eleitorais  através de  requerimentos depositados no 2º Cartório Notarial da Comarca de Luanda. 


A  CNE, tem 48 horas para responder aos três requerimentos.


Segundo os resultados definitivos anunciados sexta-feira pelo presidente da CNE, André Silva Neto, o MPLA, venceu com maioria qualificada, elegendo 175 deputados.


Com base nos mesmos resultados a UNITA, elegeu 32 deputados, a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral,  oito e o Partido de Renovação Social, com três deputados .


A  FNLA, que elegeu dois deputados e teve 1,13%, não se juntou ao grupos dos contestatários, tendo oportunamente, o seu líder, Lucas Ngonda, declarado aceitar os resultados eleitorais e felicitado o MPLA e José Eduardo dos Santos pela vitória no escrutínio.


A CASA-CE e o PRS justificaram a apresentação do requerimento com o argumento de que havia  “discrepância" entre os resultados divulgados pela CNE e os dados da contagem paralela  por eles realizada.