Luanda - A vitória do MPLA JES foi inevitável por ter contado com a inércia e falta de convicção das oposições por não saberem conduzir com sabedoria suficiente a sua campanha e influenciar grande parte da população que preferiu não se envolver ou não possuiu discernimento suficiente para fazer as suas escolhas partidárias, pela sua inaptidão e ou ignorância politica.


Fonte: Club-k.net


Mas o fator preponderante foi à aceitação por parte dos partidos da oposição em serem conduzidos pelo MPLA e a CNE nas finadas eleições, acatando suas imposições e irregularidades sem que se rebelassem pela forma que atuavam no seguimento das eleições que davam vitória antecipada, por as oposições terem possibilitado todas as condições favoráveis para a vitória fraudulenta do MPLA JES.


O QUE SE ESPERA DESSE NOVO VELHO GOVERNO PRESIDIDO PELO NOVO VELHO JES


As consequências advindas por este ato tornam-se irreparáveis, pois se permitiu dar uma grande vantagem ao competidor, mesmo sabendo-se da pouca probabilidade de vir-se a equiparar nesta corrida pelo poder.


A decisão proferida nesta semana pelo Tribunal Constitucional JESSEANO com relação às denuncias de irregularidades apresentadas pela oposição, durante o ato eleitoral, são fruto advindos de decisões acobertadas da inércia do comportamento partidário das oposições e veio apenas confirmar que não existem possibilidades de se chegar a alguma mudança sem que se sedimente raízes em solo fértil.


Não se esperava outra coisa, pois não é novidade a qualquer cidadão angolano que os três poderes constitucionais do país, Legislativo, Executivo e Judiciário são comandados por uma única pessoa na figura do Presidente JES e, podemos afirmar categoricamente que a justiça não é cega em Angola.


No comando unilateral dos poderes constitucionais criados a sua imagem e vontade, JES veio mais uma vez comprovar que tudo tem e tudo pode, não medindo escrúpulos pra chegar aos seus objetivos e deve continuar a traçar este rumo até que encontre uma pedra de tropeço que o possa paralisar.


Hoje o MPLA JES colhe os frutos plantados de uma campanha fantasiosa, mentirosa e enganosa pautada em vícios administrativos inadmissíveis e praticados em larga escala no seu próprio seio político e todos estes fatores veem comprovar que mudanças devem ser feitas com urgência junto à direção do partido MPLA JES e no futuro governo, retirando de cena os rostos sinistros que envergonham angola e o seu povo na sua totalidade com as suas presenças em um possível futuro novo velho governo.


Mais um dos fatores que demonstram que alguma coisa não esta muito bem e tem provocado um considerável desconforto ao MPLA JES, partido que até o momento é tido como o grande vencedor das eleições 2012, é a insistência em permanecer em plena campanha política eleitoral após o ato eleitoral ter terminado a muito, ninguém em seu perfeito juízo consegue perceber a razão que leva o MPLA JES a gastar rios de dinheiro pertencente a todo povo com uma desenfreada campanha televisiva com imagens e reportagens colhidas da desastrosa campanha eleitoral fraudulentas já falecidas.


Teremos cinco anos pela frente e claramente que será com esta legislatura, mas devo admitir que se as atitudes continuarem viciosas como até aqui admito seriamente que o período que atravessaremos será um martírio maior do que já se passou, pois tivemos um pequeno gostinho de democracia mesmo que acobertada por tantos deslizes, mentiras exclusivistas de atos de descredito político absoluto. O que podemos deduzir é que quem muito se autopromove sem se defender das acusações da

pratica de fraudes várias de que é alvo e endossa a sua defesa a terceiros no caso a CNE e ao TRIBUNAL CONTITUCIONAL do MPLA JES é porque esta tentando esconder falhas maiores afinal é deveras imatura estarmos a todo instante olhando-se no espelho e perguntando “espelho, espelho meu existe alguém mais belo, esperto, usurpador do erário publico e trapalhão e mentiroso do que “eu”“.


Não foi desta vez que os angolanos decidiram com fraude ou sem fraude confiar nas oposições pelo motivo da falta de amadurecimento partidário, pois suas bases políticas estão sedimentadas em um rol mínimo de seguidores capazes de assegurar uma estrutura administrativa competente.


No entanto faz-se necessário aos partidos das oposições reverem as suas ideologias e buscarem junto aos seus militantes um treinamento maior e um preparo para as novas batalhas que terão pela frente não deixando apenas para os momentos de campanhas políticas, afinal tem-se que plantar para depois se poder colher os frutos.


Nesta disputa política que tivemos o povo ainda não se sentiu confiante em galgar novos horizontes com a oposição e isto deve ser aceito pelas mesmas de uma vez por todas, pois se o resultado que se apresenta é indigesto é porque não souberam mastigar e degustar a contento.


O povo buscou sim mais uma vez depositar sua confiança no mentiroso e desestruturado falso e corrupto como o MPLA JES esperando que esta nova administração seja no mínimo respaldada pelas propostas feitas em campanha para que as promessas dos 37 anos passados no poder que até hoje não cumpridas, transforme-se em realidade e deixe de ser um sonho para todos. Por outro lado JES conseguiu mais uma vez manter-se a frente da presidência através do seu comando autoritário perante CNE e Tribunal Constitucional, mas os angolanos esperam é que não fique tão somente nas telas de propagandas televisivas as promessas feitas até então, pois necessitamos ser surpreendido por uma chuva de ética e profissionalismo por parte de nosso velho novo presidente.


Senhor Presidente os meios de comunicação de todos s angolanos vendem a sua imagem cheia de Ética, honestidade e inteligência, nós os angolanos autóctones pedimos é que, o Senhor comece a colocar todos esses predicados em práticas e deixe de ser tudo apenas mais uma propaganda enganosa.


Agora se faz necessário que o MPLA JES acorde e reveja sua postura e observe com muita atenção o grau de descontentamento gerado pelos quatro cantos de Angola, pois estamos muito a beira de uma nova crise de proporções inesperadas caso a conduta passada do governo no poder a 37 anos e do partido que o sustenta prevaleça nesta nova etapa de sua administração.


Queremos que a paz prevaleça, mas como administrar isto diante de tanta afronta para com a dignidade dos angolanos, pois o que se sente no meio do povo é que o pavio esta ficando cada vez mais curto onde o MPLA JES nos coloca em cheque para que venhamos a reivindicar nossos direitos através da força, mas o que realmente queremos é o dialoga aberto e franco.

Creio que não cabe mais em hipótese alguma o desrespeito para com nós angolano, praticados pelo MPLA e pelo seu presidente JES, fazendo-se necessário uma revisão profunda nas suas raízes e ramificações ideológicas partidárias se é que elas realmente existem.


Até o momento nós angolanos fomos usurpados de todos os nossos direitos de cidadania e necessitamos urgentemente que estes direitos sejam restaurados para que como povo, passemos realmente a comungar das mesmas vontades apesar das diferenças existentes, sendo autodeterminantes para o nosso futuro.


Não cabe mais sermos oprimidos do direito de ir e vir, direito de igualdade perante alei, principalmente direito de não ser torturado, de não sermos mortos ou de receber tratamento desumano ou degradante quando não compactuamos com as vontades da presidência maldosa que existe em angola a mais de 37 anos.


Necessitamos urgentemente instaurar os direitos a liberdade de expressão, pois estamos a tornar-nos hipócritas por não podermos aflorar nossos dissabores perante nossa realidade política.


São tantos direito tolhidos que estamos a perder a nossa identidade de cidadão e ao futuro antigo presidente JES, se assim lhe for permitido governar, lhe pergunto qual é o prazer de dirigir um povo que não lhe tem respeito nenhum, mas sim se sente oprimido e acuado perante as opressões que lhes são imputadas?


Na atual conjuntura, caso nada seja feito, o país em pouco tempo entrará em colapso e talvez busque soluções nada agradáveis, pois quando o povo é pressionado demais, cria-se uma pressão interna muito grande com largas tendências de explodir e posso afirmar que não estamos muito longe disto.


São necessárias medidas corretivas conjuntas a partir de agora para que se restaure o grande vazio deixado pelos 37 anos de (des)governação unilateral, pois nem mesmo do seu próprio partido o senhor presidente se serviu neste período funesto que atravessamos até agora e isto esta demostrado pelo alto grau de descontentamento que o MPLA atravessa internamente.
Não adiante o MPLA JES querer afirmar o contrário, pois estariam sendo desmentindo com a própria realidade apresentada pela a alta abstenção nas mesas de votação e, diga-se de passagem, de pessoas militantes do seu próprio meio, portanto o problema não esta apenas externamente, mas também se caracteriza fortemente enraizado internamente.


Seriam tão boas que se numa simplicidade governativa fossem executadas pequenas medidas, mas que fossem eficazes para de um modo geral apaziguar os anseios deste povo tão sofrido.
Todo este banzé informativo auto promocional tendencioso em favor do MPLA JES atenta mais e mais para uma tentativa obsoleta de erradicar na mente da população uma imagem fantasiosa e inexistente, pois o que presenciamos é uma conjectura partidária arrogante e desrespeitosa perante os momentos difíceis aos quais os angolanos estão a atravessar, afinal não é fácil não ter onde morar e nem onde trabalhar.


Buscamos neste momento a serenidade de ânimos e não queremos mais embarcar naquele carrossel de intensões tendenciosas favorecedoras de apenas uma pequena fatia seletiva da população afinal somos todos iguais e não necessitamos mais ser insultados na nossa inteligência e dignidade como fomos até agora.


Lembro aos novos participantes desta velha governação que o povo angolano esta perdendo sua imunidade as incongruências governativas apresentadas até então, pois já estão sentindo nos seus próprios filhos as marcas de um futuro obscuro pela alta exclusão social ao qual são submetidos.


Necessitamos com urgência de uma legislatura forte e capaz de valorar o país e o povo angolano no sentido de rechaçar todas as injustiças a qual estão a ser submetidos nestes 37 anos interruptos de deflagração da dignidade e da cidadania angolana.


A corrupção é tão premente na vida cotidiana administrativa que passou a ser uma normalidade praticada por todos os meios administrativos e já sabendo de antemão que a qualquer necessidade de prestação de serviços que possamos vir a ter por parte desta administração, temos que alimenta-la, caso contrario nenhum serviço nos é atendido.
Ironia, pois temos que pagar duas vezes por nada terem feito.


Isto é uma vergonha não para aquele que é usurpado, mas sim para o usurpador.
Não buscamos mais promessas, mas sim efetivas realizações de tudo que nos foi prometido e cabe a todos os participantes desta nova e velha administração buscar o melhor para a comunidade em geral, deixando de lado o oportunismo partidário e familiar, o nepotismo que vem sendo praticado por qualquer um que tenha como escudo à bandeira vermelha do MPLA JES.
Afinal o exemplo vem de cima e o que presenciamos é apenas uma extensão daquilo que é passado aos seus seguidores.


Ouvi uma entrevista recente onde uma das filhas de JES o apresenta como homem inteligente, humano e até com uma curiosa novidade que JES seu pai teria eventualmente nascido em (SÃO PAULO)! e que adora brincar com os netos. Nós angolanos não conhecemos esta face de sua personalidade e necessitamos que o homem de estado inteligente e humano se mostre ao povo e não tão somente a sua família.


Esperamos muito mais para Angola do que foi dado até agora e, portanto se faz necessário que seja demonstrada esta inteligência e humanidade afinal JES esta para servir o povo e não se servir do povo e das riquezas de Angola como até agora tem feito.


O país não suporta mais a incompetência e a politica do levar com a barriga e não podemos, ou melhor, não aguentaremos mais ver no marasmo com que são tratadas as nossas necessidades básicas de sobrevivência.


Não é possível aceitar que nossos ministros sejam incompatíveis ou incapazes nas suas funções, pois sobre as suas responsabilidades estão não só as nossas vidas, mas as vidas de nossos filhos. Se não exigimos por nós, exijamos por eles então. Não podemos continuar com ministros sem expressão alguma em matéria de conhecimento vastos em administração da coisa publica.


Necessitamos sim de bom senso na escolha dos novos ministros e que estes sejam capazes de promover mudanças radicais que tanto o país precisa e que nós como povo possamos nos expressar quando a administração não estiver em sintonia com os anseios do povo, este governo tem de imediato cortar com o seu passado e com suas praticas habituais de se servirem do aparelho de estado em detrimento do sofrido e miserável povo legitimo dono do poder e de todas as  riquezas de angola.


Seja esta nova velha administração respaldada pela Ética e valores direcionados ao povo e não aos próprios bolsos de seus administradores e as filhas e filhos de JES como até aqui tem acontecido.


Raul Diniz