Lisboa -  Francisco Ramos da Cruz,  um dos novos analistas políticos  dos órgãos de comunicação do regime revela-se  constrangido  por uma revelação pública nas redes sociais  respeitante a sua proveniência dos quadros do SIE- Serviço de Inteligência Externa. 


Fonte: Club-k.net

Em meios, privados, o analista e professor  Universitário de relações internacionais,  faz desabafos segundo as quais  a “revelação” terá  provocado com que  alguns amigos (que desconheciam das suas origens desta instituição estatal)  se afastassem de si, por efeito de um sentimento de “traição”.  Os amigos que se afastaram dele terão julgado  que o mesmo estaria  próximo daqueles na condição de “vigilante”, razão pela qual se distanciaram como suposta medida de prevenção.


Da Cruz, justifica aos amigos  que a sua ligação ao SIE terá observado a um período de suspensão por decisão do mesmo que decidiu sair por motivos acadêmicos no exterior  de Angola.  O analista é apontado como devendo partir para Portugal como diplomata da representação diplomática em Lisboa. Reúne requisito. Tem formação  e a  nível do regime  tem a ligação sanguínea que o remetem a lealdade. (é  sobrinho da deputada Joana Lina do MPLA e um outro tio seu, José Coimbra Baptista “Coy” foi ao tempo  de Fernando Miala, o Director de Inteligência Económica do Serviço de Inteligência Externa, estando agora colocado no MIREX.)


A revelação da ligação ao SIE foi precipitada no seguimento de uma serie de aparições  em painéis de analises na  TPA, em que Francisco da Cruz  e os seus colegas analistas apareceram a produzir analises  ideológicas   para formatação do   público em relação aos resultados das eleições de 31 de Agosto.  Um texto publicado na internet, esbateria  que as suas analises perdiam o sentido de imparcialidade tendo em conta a ligação que estes   analistas da televisão pública tem  ao regime angolano.   Na altura  vários analistas apelaram para que a TPA realizasse um debate contraditório com a introdução de figuras independentes, e não com formatadores de opinião como  Francisco da Cruz (SIE), Walter Filipe (Gabinete do Vice-PR), Belarmino Van-dunem (GRECIMA), Yanuck (Casa Militar) e Elias Chingulo (GPL).