Brazil - A guerra é o pior dos males; a maior catástrofe social. Mas nem por isso, nos últimos dez anos, Angola deixou de ser um país instável. E isso vai continuar por longos vinte anos, ou seja, enquanto o MPLA estiver no poder. E para quem vê como única causa a corrupção está equivocado. Há aqui duas causas fundamentais: a mencionada, e o fato de da mesma ser tratada de maneira complacente( ou ignorada). Dois fenômenos que transformam a sociedade angolana numa sociedade instável, politicamente.


Fonte: www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com

Club-k não é só o muro das lamentações (…)

Esse dilema ( corrupção e impossibilidade de se combater a mesma) e problema são mais do que suficientes para se ter o desejo –mais do que justo- de se querer acabar com a ordem imperante. Essa ordem está longe de ser uma ordem política ou social sentada em premissas complexas. É nada mais e nada menos que a própria corrupção. Que em Angola corroeu a mentalidade de todos, até de quem menos se consideram corruptos: o Presidente da República, sua família, os tribunais do país em todos os níveis, a Policia Nacional, os Jornais que defendem o regime, as Universidades, os Hospitais. E para não dizer já os integrantes de um Jornal chamado de “Semanário Independente”. A menção aqui de certos personagens e instituições tem mesmo caráter abusivo, mesmo sendo todos e todas elas verídicas. Seguimos aqui uma máxima Cristã que diz: “ basta nascer e crescer para ser pecador”. Assim, basta apoiar e defender o poder em Angola para sermos vítimas de corrupção, como sujeito passivo ou ativo.


Assim, sendo verdade ou não, receber 270 mil dólares durante o ano, de qualquer lugar, hoje, -desde que não fosse para matar crianças de fome, ou privar de medicamentos os cidadãos da rede hospitalar pública da cidade de Luanda ou de um país chamado de Angola- pode ser muito mais heroico e patriótico do que receber ordens de José Eduardo dos Santos, vindo do Palácio da Cidade Alta.


Se aquelas ordens, do chefe tão defendido, até pelo agora famoso “Semanário Independente”, não fossem usadas várias vezes como pretexto para se desviar milhões de dólares dos cofres públicos –quem sabe!?-, a inteligência dos nossos Agentes Secretos “Mwangolês”, com certeza, estaria ao nível da de Sua Excelência, o “infalível” e “clarividente” José Eduardo dos Santos. E aqueles (nossos agentes) se dariam por conta, só com um pouquinho mais de informação e instrução escolar, talvez, até de nível médio: que para se montar um sistema de comunicação via internet como a do Club-k não se precisaria de tantos milhares de dólares anuais.


Só para informação dos Jornalistas e dos funcionários, possivelmente mal pagos –mas uma matilha de famintos que precisam das sobras da Cidade Alta-, do semanário aqui tratado; um computador (mesmo não sendo de última geração) a preço médio de 500 euros ou 1 mil dólares, ligado na rede mundial de computadores (vulgo internet), em “minha casa” ou de quem quer que seja, seria mais do que suficiente para infernizar a vida dos corruptos angolanos. E é na verdade o que se tem feito.


É verdade que corromper e ser corrompido custa milhões de vezes mais do que aquilo que o Club-k tem gastado mensal ou anualmente nos seus projetos. E é aí que pecam a quadrilha de zumbis famintos pelo dinheiro público. Julgam os adversários políticos ou ideológicos pelo que eles são. A corja de bandidos e delinquentes não se enxergam: que julgar os outros pelo que eles são é coisa típica de malfeitores, aldrabões, falsários e gente covarde.


E para que saibam: o Club-k não é só o muro das lamentações -nisso, a máfia acertou!-, é também a retaguarda intelectual de uma geração, que há quase quarenta anos, mesmo no sonho socialista tão propalado no passado como uma futura sociedade de homens livres, teve sua voz reprimida e seu pulmão intoxicado com o que houve de pior numa revolução fracassada chamada de Revolução Angolana, que nada mais e nada menos, se limitou a declarar uma independência que levou o país há vinte anos de guerra. Mas que agora, com sabedoria e inspiração daqueles que vivem na diáspora lutam para livrar o país da corrupção. Onde está o mal nisso?


Mas existe um medo que apavora. E ele não pode ser manifestado nos órgãos oficiais do governo ( Jornal de Angola, RNA e TPA). Já que não podem assim aparentar que toda a infraestrutura corrupta se estremece diante do protesto de quem vive na diáspora, onde o Club-k é a voz principal. Mesmo porque, também, seria uma maneira eficiente de elevar o grau de credibilidade desta vitoriosa instituição ( o Club-K), coisa indesejável e inaceitável para o Governo corrupto de Angola. Assim, eles tentam falar de outra maneira e usando outros canais.


Diante disso, é a prova de que o Club-k já venceu e vai continuar a vencer os corruptos. Além do Club-k ser uma obra genial entre os Angolanos; é querido por todos os jovens, precisamente, essa geração que aí está; e é disso que o MPLA e o Governo corrupto não só têm medo: mas inveja! Porque já passou a época em que eles conquistavam mentes e corações de milhões sem ninguém questionar.


Se o último rebelde nesse país foi um terrorista que pegou em armas e matou mais de 500 mil pessoas, desta vez não. Desta vez serão as ideias, as argumentações e a liberdade de pensar, que levarão o país a uma verdadeira democracia.


Não haverá mercenarismo nem bajulação financiada pelo petróleo da Sonangol que distorcerá os valores desta obra: chamada de Club-k.