Cabinda  - Jovens e associações empresariais da Província, em colaboração com as autoridades tradicionais, religiosas e  alguns membros da Sociedade Civil, endereçaram, recentemente, uma proposta para o desenvolvimento da Província ao Presidente da República, Eng° José Eduardo Dos Santos..


Fonte: PADSPC

Como era de se esperar, a proposta mereceu a atenção de Sua Excelência Presidente que, na sua passagem a Cabinda, aquando da campanha eleitoral, exortava o Executivo local e os parceiros socais para a necessidade de juntarem esforços para o desenvolvimento da província


O PADSPC, Progama Abrangente do Desenvolvimento Sustentável da Província de Cabinda, surge em resposta às necessidades de desenvolvimento, almejadas pela Sociedade Cabindense para os próximos cinco anos. Avaliado em biliões de dólares, o PADSPPC contempla uma centena de projectos que estarão consignados no Plano Reitor.


Todavia, O PADASPC  antes da fase de implementação, passará, essencialmente, pela elaboração de um Plano Reitor do Desenvolvimento da Província e pela criação de um Fundo de Desenvolvimento.  Nesta conformidade, pretende-se implementar projectos estruturantes e sustentáveis que incidam na realidade socio-económico actual. Tais projectos deverão agir como agentes propulsores do desenvolvimento de cadeias produtivas agro-industriais, industriais, comerciais e de variadíssimos serviços com maior relevância para a criação de oportunidades de emprego, renda e melhoria dos níveis de vida das populações. Esta preocupação encontrou o assentimento de Sua Excelência o Presidente da República que pretende fazer de Cabinda um verdadeiro pólo de referência nacional para a felicidade das suas populações


Ademais a ideia de se implementar o PADS-PC a breve trecho, permitirá o alcance de maiores índices de desenvolvimento humano, tais como: maior contribuição fiscal, maior dinamismo e eficiência da classe empresarial, maiores oportunidades de emprego e melhoria dos níveis de vida, mais inclusão e ascenção social, com especial realce no melhoramento da  justiça distributiva. O que, consequentemente, terá um impacto na motivação da população local em assumir os desideratos da reconciliação nacional.


Pela primeira vez, membros influentes, ao mais alto nível da Sociedade Civil de Cabinda, deram, com o seu punho, as suas contribuições  para redefinir o modelo de desenvolvimento que todos pretendem. Embora a ideia inicial deste programa tenha sido do jovem empreendedor Carlos Muizila Chaves, a fina flora da intelectualidade de Cabinda, chamou a si a responsabilidade de delinear estas linhas gerais do PADSPC, num autêntico exercício intelectual de cariz socio-económico, longe do babel que sempre minou o processo de desenvolvimento da Província.


O task force que trabalhou na elaboração deste importante documento de 39 páginas foi coordenado por Carlos Muizila Chaves (Jovem empreendedor) e coadjuvado por André David Capita Fuca (Eng°. Agrónomo e Especialista em Descentralização Administrativa), respectivamente, Coordenador e Coordenador-adjunto. O design técnico e a projecção arquitectural  do PADS-PC  teve a facilitação  de Agostinho Chicaia (Eng°. Agrónomo ao serviço do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) e  Francisco Sousa Abel (Presidente da Cämara do Comércio e Indústria de Cabinda), respectivamente   Consultor principal e Consultor auxiliar, com o apoio de um leque de assessores nacionais e internacionais, nomeadamente, John Kimbemba, Belchior Lanso Taty, Cleber Lima Guarany, Martin Hoffmann, José Cassoma,  Tiago Bassika Nzovo, Sandro Miguel e Madalena Buca Chaves.


A abrangência deste documento contou, também, com as imprensões digitais de vários conselheiros, incluindo mormente, autoridades tradicionais, religiosas, coorporações empresariais, sindicatos e experientes independentes em matéria de combate à pobreza. De realçar ainda, alguns nomes mais conhecidos em Cabinda como, o Regedor Simão Congo, os Rev Pastores Próspero Ngaca e José Bungo Samuel, o Presidente da APMECA, António Serrano, a Presidente da ASSOMEC, Fátima Guilhermina Barata, Ambrósio de Almeida em representação dos diferentes sindicatos, a Teresa Itelvina Massanga do Conselho Nacional da Juventude, sem esquecer Marcos Nélson Manzenguele e Faustino Muizila, ambos conhecedores da pedagogia do desenvolvimento. Os demais autores, na sombra, que calamos, por falta de espaço, poderão, de igual modo, se reconhecer  através destas linhas, quão  seu contributo foi fecundo para o actual figurino do PADSPC que se quer  para uma Província de todos e para todos.  Esta é a visão comum do cidadão em Cabinda que espera os benefícios, passsíveis de mudarem a sua existência..


Em Cabinda, varias entidades de diferentes segmentos sociais aguardam, com ansiedade, a terceira–República que se deseja com uma maior participação do cidadão  na gestão da polis,  desenvolvimento e prosperidade. Isto vai constituir o lema eleito pelo núcleo dinamizador do PADSPC que, desde já, se desdobra, localmente, em contactos inter-pessoais com os demais actores, para a manutenção da coesão social, rumo aos resultados  almejados.


Lêlo ubá muna kubá!  É desta vez o desenvolvimento da Província! A desconcentração financeira anunciada, deixou o povo expectante. Daí, o ditado em ibinda,  kubânga mbóte kuvutulânga mbóte, Quem com algum sentido altruista doa deve ser retribuido. Cabinda, terra de petróleo, bem merece. Desta vez, de mãos dadas com o Presidente da República e seu elenco, as populações de Cabinda, através do PADS-PC, pretendem traduzir em acções concretas os propósitos do advento da 3ª República com o crescer mais e distribuir melhor.


Feito em Cabinda aos 05 de Outubro  de 2012