Luanda - Gustavo Costa, jornalista do “Novo Jornal”, conquistou, na noite desta terça-feira, em Luanda, a 19ª edição do Prémio Maboque de Jornalismo, arrebatando cem mil dólares americanos.


Fonte: Angop

Vencedor da 19ª edição do Prémio Maboque de Jornalismo, Gustavo Costa (à direita)Gustavo Costa, que disputou o prémio com o jornalista José Kaliengue, do jornal “O País”, e o programa “Poeira no Quintal”, da Rádio Nacional de Angola (RNA), disse que não esperava vencer o concurso e dedicou a conquista à sua família, colegas e a antigos chefes.
 

Segundo o vencedor, o seu percurso profissional foi marcado por muito rigor, imposto pelos seus antigos chefes, facto que contribuiu para a sua afirmação no meio jornalístico.
 

"A minha família tem sido muito paciente comigo ao longo dos 38 anos que me dedico a essa profissão, por isso esse prémio também é dela, assim como dos colegas do Novo Jornal”, realçou.
 

Na presente edição, foi homenageado o jornalista da RNA Arlindo Macedo, pela sua carreira e profissionalismo em prol do desenvolvimento da classe, tendo recebido um prémio monetário de 34 mil dólares americanos.
 

Arlindo Macedo recordou que entrou com 17 anos para o jornalismo radiofónico, nos anos 1980, numa altura difícil para o país, devido ao conflito político e militar.
 

Agradeceu, por isso, a vários profissionais que o ajudaram e influenciaram na sua formação como Francisco Simons, Manuel Berenguel, Rui de Carvalho e Luísa Fançony.
 

Destacou ainda a convivência com profissionais como Manuel Rabelais, Mateus Gonçalves, António Clara, Reginaldo Silva e Carlos Pacavira, que foram seus colegas e contribuíram na sua afirmação como jornalista.
 

O corpo de jurado, presidido por Maria José Ramos, atribuiu o Prémio Revelação à jornalista Augusta Coxi, da Televisão Pública de Angola, em Cabinda, que recebeu uma viatura nova.
 

Augusta Coxi disse que exercer a profissão é um dom natural que lhe “corre nas veias”. A repórter dedicou o prémio aos seus colegas da TPA, em Cabinda, telespectadores e à sua família que têm encorajado a prosseguir com a carreira.
 

“Esse prémio dedico de forma especial ao meu pai, já falecido, que deu-me muita força para ser uma jornalista e continuar na profissão”, salientou.
 

Para a Categoria Imagem, os júris, consagraram o profissional da TPA Henrique Bernardo “Patex”, tendo recebido o montante de 24 mil dólares americanos.
 

Henrique Bernardo dedicou o prémio à família e ao colectivo de trabalhadores da TPA, em especial ao seu colega Feliciano Saiminho "Mágico", falecido no dia 28 de Março, desse ano, vítima de um acidente aéreo na província do Huambo.
 

Para a categoria de Melhor Locutor, foi vencedor o jornalista da RNA Isaías Afonso, que recebeu o prémio de 24 mil dólares americanos.
 

Isaías Afonso prometeu que vai continuar a trabalhar com o mesmo afinco e profissionalismo para dignificação da classe e desenvolvimento do país.
 

“Esse prémio é extensivo para a família RNA, que quero sempre unida e engajada profissionalmente”, realçou.
 

Para a classe Órgão de Comunicação Social, o Semanário Económico, do grupo Media Nova, conquistou o primeiro lugar, arrebatando a quantia de 31 mil dólares americanos. Alberto Cafussa, jornalista e responsável do semanário, disse ser uma surpresa agradável receber o troféu.
 

“Estou muito emocionado pelo reconhecimento, em nome do jornal quero enaltecer a iniciativa da empresa Maboque pela criação do prémio e aproveito a ocasião para apelar a outras instituições no sentido de seguirem esse exemplo”, defendeu.
 

O prémio Línguas Nacionais foi entregue ao jornalista da Rádio Ngola Yetu, do grupo RNA, Jorge Capitango tendo recebido um prémio no valor de 31 mil dólares americanos.
 

O vencedor disse, em língua nacional, que o troféu é um incentivo aos profissionais de línguas nacionais, atendendo a insuficiência de concursos que premeiam os profissionais daquela categoria.
 

“Esse prémio vai impulsionar, fortificar e expandir o uso das línguas nacionais pelos profissionais da classe. Por isso, agradeço a organização por incluir essa categoria no concurso”, frisou.
 

Para a categoria de Melhor Reportagem, o corpo de jurado atribuiu o prémio de vencedor ao director Executivo e jornalista do Jornal de Angola Kumuênho da Rosa, que arrebatou a quantia de 31 mil dólares americanos.
 

Kumuênho da Rosa reconheceu que no presente ano trabalhou arduamente na redacção do jornal, como no campo de acção, em diversas reportagens.
 

O dedicou o prémio ao seu antigo professor do curso de jornalismo, no Instituto Médio de Economia de Luanda (Imel), Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, bem como aos seus colegas e familiares.
 

“Dedico esse prémio, de forma especial e carinhosa, ao meu pai e também jornalista, da Agência Angola Press (Angop), Patrício Cambuandy, pelo apoio e acompanhamento que tem dado à minha carreira profissional, sendo ele uma grande referência para mim”, revelou.
 

Por seu turno, o jornalista da TV Zimbo Carlos Capitango conquistou o prémio Reportagem, tendo recebido como troféu 31 mil dólares americanos.
 

O jornalista disse ser a primeira vez em que participa num concurso do género e por isso está satisfeito pelo reconhecimento público do seu trabalho.
 

Dedicou o prémio a sua família e colegas, pela força e confiança que têm lhe transmitido.
 

A gala da atribuição dos prémios foi presenciada pelo ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, assim como personalidades de outros sectores, nomeadamente, políticos, diplomatas, académicos, juristas, entre outras individualidades.
 

Na a presente edição, a empresa Maboque investiu 330 mil dólares americanos em prémios.