Lisboa - A composição do novo Governo foi acolhida com reservas em meios do próprio regime – em especial no MPLA. O ponto de vista mais comum às diferentes críticas é o de que o Governo apresenta “fragilidades” incompatíveis com o princípio da “renovação na continuidade” anunciado pelo Presidente na a sua investidura.

Fonte: AM

Em concreto, é considerado menos competente que o Governo anterior, razão pela qual a sua acção infunde menos confiança. Entre os novos ministros predominam vice-ministros do Governo anterior, em conflito com os respectivos ministros de então – mas menos competentes que estes.


A diminuta renovação que a composição do novo governo deixa transparecer é considerada “resultado” da primazia conferida nas escolhas a critérios que não o da competência – entre os quais os de atender a expectativas de famílias e grupos internos e/ou a razões de confiança pessoal e política.


Casos específicos de ministros do novo Governo que no anterior eram vice-ministros ou secretários de Estado incluem, Ângelo Veiga, (ministro do Interior), Adão Nascimento  (ministro do Ensino Superior), Vitória de Barros, (ministra das Pescas), Batista Borges (ministro da Energia e Águas).


A nomeação de Edeltrudes Costa (na foto), para o cargo de ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, é, porém, o caso mais comentado, não apenas em círculos do regime, mas também na oposição e mesmo em meios diplomáticos.


A ideia que prevalecente é a de que se trata de uma personalidade (ex-advogado, ainda relativamente jovem, origem santomense), que conquistou a confiança pessoal e política de José Eduardo dos Santos e de figuras do gabinete presidencial devido aos seus préstimos na organização das eleições de 2008 e 2012.