Luanda - Pelo menos duas empresas de prestação de serviços protocolares que prestaram trabalhos a Feira Internacional de Luanda (FIL) recorreram aos seus respectivos advogados para os ajudar a interceder junto a instituição dirigida por Matos Cardoso, ao qual acusam de negar-se a pagar dividas de trabalhos prestados.

Fonte: Club-k.net

Advogado leva caso a tribunal

De acordo com o que fizeram chegar aos advogados, as  empresas Letras Company e a Venâncio, explicam que em 2011, uma das administradora da FIL, Leonilde Ipanga Doutor, selecionou um grupo de 10 raparigas da agência protocolar Letras Company, para uma actividade no evento "Business Fashion FIL 2011", em Luanda, e até ao momento não honra em proceder com metade do pagamento em falta.

Na sequência do ocorrido, os advogados das agências queixosas enviaram, em Julho passado, uma carta a fazer cobrança. Porém, os responsáveis da FIL, recusaram-se a assinar a mesma.

A referida agência queixosa cobra por cada rapariga/modelo, o valor de USD 250, porém terão entrado em um acordo com a administradora da FIL Leonilde Doutor, tendo o valor sido reduzido para USD 200. As agências de protocolo reclamam ter tido custos adicionais como transportes e alimentação das jovens que não foram cobertos. “O combinado foi fazerem o pagamento assim que terminar o trabalho, mas não aconteceu, já contactamos o senhor Matos Cardoso e ele diz que não tem nada a ver com isso”, lê-se na exposição.

Após reclamações, a responsável Leonilde Ipanga Doutor encaminhou os mandatários das agências queixosas ao departamento das finanças da FIL, mas estes não deram prosseguimento ao assunto a pretexto de não terem verbas. O caso deu lugar a um ambiente áspero entre as duas partes, levando o PCA, Matos Cardoso a comunicar as citadas agências que não iria mais pagar por estas terem enveredado por um escândalo na sua empresa.

Depois de estarem refreados, Leonilde Doutor comunicou as agências que só pagaria a divida na presença dos advogados das queixosas. Há conhecimento de que os advogados endereçaram cartas para a FIL, mas estes recusaram-se a receber pelo que tencionam levar o caso em tribunal.

A FIL (ex- FILDA) é uma instituição de direito angolano que se notabiliza pela realização anual de exposição de empresas de todo o mundo em Luanda.  Nos últimos tempo a sua imagem tem sido prejudicada com incidentes  de deslealdade. O escândalo de maior visibilidade que tiveram envolveu antigos sócios que recorreram a comunicação social (Novo Jornal) queixando-se do PCA, Matos Cardoso e de Leonilde Ipanga Doutor de não honraram com alegadas dividas e de praticas ilícitas de enriquecimento.

Os antigos sócios denunciaram que o PCA teria acumulado uma fortuna de perto de 20 milhões de dólares, por influencia da sua posição institucional. Em Dezembro de 2011, o Tribunal de Contas apresentou-lhe numa lista de supostos maus gestores remetidos à responsabilidade financeira sancionatória.

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